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Nº 5868
Caderno B

Solenidade marca centenário da Academia Alagoana de Letras

Imortais se reuniram em evento que contou com a presença do presidente da ABL

Por Victor Lima | Edição do dia 31/10/2019 - Matéria atualizada em 31/10/2019 às 14h39

Imortais posaram para foto oficial do centenário da Academia Alagoana de Letras
Imortais posaram para foto oficial do centenário da Academia Alagoana de Letras - Foto: Millena Lima
 

O dia primeiro de novembro é especial para os 40 alagoanos que ocupam cadeiras na Academia Alagoana de Letras. Este 1 de novembro de 2019 é ainda mais significativo, já que a AAL é a grande aniversariante da cultura do Estado, chegando ao seu centésimo aniversário.

A solenidade em celebração aos cem anos mostrou que a academia segue se renovando, com a presença das doze mulheres que se tornaram imortais recentemente – coisa que era difícil de imaginar em 1919 –, do reconhecimento da sociedade à relevância da instituição, e um convidado mais do que ilustre esteve presente no evento: o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi.

Sinal da evolução dos tempos, as mulheres acabam ganhando olhares curiosos sobre elas. A presença das imortais como membros da AAL ainda é tímida perante os homens, mas constantemente estimulada.

“Hoje, mais do que nunca, a presença feminina se faz necessária em todas as instituições. Eu sou segunda secretária da Academia e, apesar de médica, também sou escritora e aqui contribuo com todos os segmentos da nossa academia. Nós, mulheres, aqui, temos um papel essencial, fazemos com muito amor todos os papéis que nos são entregues”, pontuou Míriam Canuto.

Resistir ao tempo contou com alguns percalços. Um deles é apontado pelo pediatra Milton Hênio Netto de Gouveia, imortal que ocupa a cadeira de número 31 e é membro desde 11 de novembro de 1982. Ele já foi presidente da Academia.

“Ela vive das mensalidades dos associados. Muitos atrasam porque estão doentes ou já morreram. De modo que, antigamente, as usinas do Estado davam uma mensalidade. Depois as usinas entraram em complicações econômicas e a ajuda desapareceu. Então sobrevive da mensalidade dos associados”. relata o imortal.

O procurador do Estado Arnaldo Paiva destacou o valor do centenário da Academia Alagoana de Letras, que só não é a instituição mais antiga do Estado por causa do Instituto Geográfico, hoje com 150 anos.

“É um marco que tem que ser comemorado. A Academia não é a instituição, e sim os acadêmicos que a fazem. Então assim, cem anos, sempre se renovando e presente na cultura alagoana, isso é um marco que tem que ser comemorado”, ressalta.

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