COLETIVO QUER ‘AMBIENTE DE LIBERDADE’COM MÚSICA ELETRÔNICA
Evento “Umbral” ocorre no Rex Jazz Bar e diz que levará juventude ao Jaraguá
Por MAYLSON HONORATO*/ ESTAGIÁRIO | Edição do dia 06/12/2019 - Matéria atualizada em 06/12/2019 às 06h00
Composto por 11 artistas LGBTQ’S, o Coletivo Umbral de Arte Queer se apresenta como um grupo que “visa intervir e se inserir na sociedade alagoana por meio de produções de artes visuais, performáticas, sonoras e audiovisuais, com o intuito de causar impacto sociocultural sob o espectador, incentivando-o, através de arte, a construir uma consciência político/social”. O coletivo realiza, neste sábado (7), a festa “Umbral”, que ocorre no bairro do Jaraguá, em Maceió, a partir das 23h, no Rex Jazz Bar.
Segundo a organização, trata-se de uma festa diferente, que tenta fortalecer e movimentar as cenas e-music e underground de Maceió. “Não é somente dançar, somente o entretenimento. A ideia é uma imersão na cultura clubber e eletrônica, na produção dos artistas locais desses segmentos. O público-alvo são os apoiadores da cultura local e o público jovem”, informa o coletivo de artistas. A iniciativa é da Eleva Music, produtora e gravadora alagoana focada no House Music e Techno. A empresa convidou o coletivo para construir um ambiente artístico e sensorial para o evento. “A inserção de arte e de discussões sobre identidade dará à festa um caráter mais cultural e profundo. Chamamos de experiência Umbral”, diz nota do Coletivo. “A collab foi desenvolvida pois é mais do que necessário entender nossos corpos como políticos e ter noção da importância e do peso social, cultural e histórico de incentivar e apoiar produções de cunho artístico produzidas por corpos invisibilizados perante a sociedade”, continua. A festa começa às 23h do sábado e vai até às 6h do domingo. O line-up conta com os DJs Gretchen, Batecorre b2b Wini, Vogoo, Eleva, Perigou e Leviathan.
CULTURA CLUBBER
O movimento Clubber surgiu em meados da década de 1990, e os adeptos, ao contrário do movimento Punk (que surgiu décadas antes), cultuavam a estética e o hedonismo. O movimento foi importante para dar destaque à música eletrônica e possibilitar, inclusive, o surgimento das raves. Os Clubbers originais eram extremamente estéticos e buscavam, por meio do visual que misturava cultura pop e psicodelia, validação social para seu modo de viver. Uma das ideias do movimento era de aceitação ao diferente.
REX JAZZ BAR
Inicialmente, o palco do Rex era reservado ao jazz, no entanto, aos poucos, foi se abrindo para a diversidade cultural de Alagoas. Desde o final de outubro, os empresários Filipe Mariz e Marcos Bruno estão gerenciando a casa e apostando em eventos diversos, mas com algumas coisas em comum: o respeito à diversidade e a ocupação do bairro do Jaraguá pela juventude. “O espaço do Rex é histórico, um galpão vivo, orgânico e bonito. E o público tem comprado a ideia de que o Rex é um lugar para todos, todos os públicos, todos os tipos de evento, rock, eletrônica, forró”, disse Filipe Mariz, que também é músico e produtor cultural.
Sob supervisão da editoria de Cultura.