Há um ditado popular entre os universitários que diz “o verão chega mais cedo para a cidade de Penedo”. É que em todo mês de novembro é tempo de Circuito Penedo de Cinema, que este ano chega à 10ª edição. A cidade se prepara para viver de arte por uma semana inteira, com as ruas cheias de pessoas de todas as partes do país, festas na praça central quase todos os dias. Sorrisos e lágrimas, mesmo as de emoção, acontecem tanto nas telonas quanto fora delas nesta época do ano, na cidade ribeirinha. Há mais vida quando há cinema em Penedo. A edição comemorativa do Circuito ocorre entre os dias 23 e 29 de novembro, com mudanças na realização devido à pandemia do novo coronavírus. A novidade para este ano é que o evento acontecerá de duas maneiras: a primeira segue o molde da maioria dos outros festivais que aconteceram durante a pandemia, com a exibição dos filmes selecionados de maneira online; a segunda mantém a tradição, com exibições presenciais, mas com lotação reduzida e protocolos sanitários. O grande destaque do evento foi adiantado pelo coordenador Sérgio Onofre. Este ano, as exibições serão no Cinema São Francisco que, após 40 anos fechado, reabre para o evento. O espaço passou por uma grande obra de restauração recentemente e apenas 246 lugares dos quase mil poderão ser ocupados no evento. Além da grande novidade, o festival prepara ainda uma série de lives com artistas que passaram pelo Circuito ao longo dos seus 10 anos de existência. Dois nomes confirmados para o bate-papo online são Alice Braga e Marcos Palmeira. Dentre os 813 inscritos, 74 filmes foram selecionados para as quatro grandes mostras que contemplam o Circuito: 11º Festival do Cinema Brasileiro, 10º Festival de Cinema Universitário de Alagoas, a 7ª Mostra Velho Chico de Cinema Ambiental e a 10ª Mostra de Cinema Infantil. Anualmente, essas mostras ajudam a fortalecer a cultura cinematográfica e movimentam a produção audiovisual independente, alagoana e nacional. Nesta edição, apenas sete alagoanos foram selecionados, entre eles o premiado ‘Trincheira’, de Paulo Silver.

CONFIRA OS FILMES SELECIONADOS**

11º FESTIVAL DO CINEMA BRASILEIRO

5 Estrelas, direção de Fernando Sanches (SP); Ana Terra, direção coletiva (AL); Apneia, direção de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR); Auto Falo, direção de Caio Dornellas (PE); À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, direção de Bruna Barros e Bruna Castro (BA); Caranguejo Rei, direção de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE); Cinema Contemporâneo, direção de Felipe André Silva (PE); Egum, direção de Yuri Costa (RJ); Enraizadas, direção de Juliana Nascimento e Gabriela Roza (RJ); Manaus, Hot City, direção de Rafael Ramos (AM); A Morte Branca do Feiticeiro Negro, direção de Rodrigo Ribeiro (SC); Perifericu, direção de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Sthefanny Fernanda e Vita Pereira (SP); A Profundidade da Areia, direção de Hugo Reis (ES); Tempos de Caça, direção de Diego Amorim (RJ); Trincheira, direção de Paulo Silver (AL); Os Últimos Românticos do Mundo, direção de Henrique Arruda (PE).

FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO

A Barca, direção de Nilton Resende (AL); Cão Maior, direção de Filipe Alves (DF) Colapsar, direção coletiva (AL); Correntes, direção de Charles dos Santos (SP); Diz que é verdade; direção de Pedro Estrada, Claryssa Almeida (MG); Era Pra Ser o Nosso Road Movie, direção de Carolina Timoteo, Lucas Menezes, Clécia Borges e Júlia da Costa (SE); Goma, direção de Igor Vasco (SP); Limbo, direção de Anna Gabriela Alves (RN); Paloma, direção de Alex Reis (SP); Para Todes, direção de Victor Hugo (RJ); Pente Zero, direção de Tiago Felipe (PR); Reduto, direção de Michel Santos (BA); Rock no Fim do Touring, direção de Beatriz Vilela (AL); Ruído branco, direção de Gabriel Fonseca (SP); Segue o Baile, direção de Iury Santos e Gabriel Ribeiro (RJ); Traçados, direção de Rudyeri Ribeiro (PA); A Três Andares, direção de Bruca Teixeira (AL); Vida dentro de um Melão, direção de Helena Frade (MG).

MOSTRA VELHO CHICO DE CINEMA AMBIENTAL

Arapucas, direção de Danilo Kamenach (GO); Castanhal, direção de Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas (SP); (Des)matamento, direção de Gunga Guerra (RJ); Dôniara, direção de Kaco Olimpio (GO); A Família tradicional brasileira – Katú, direção de Rodrigo Sena (RN); Guardaram por nós, direção de Catharina Bergo (SP); Lulu vai de bicicleta, direção de Edson Fogaça (DF); Mangue, Herança Natural, direção de Thales Pereira (AL); Medo das árvores, direção de Édier William (RO); A Menina da ilha, direção do Coletivo Cinema no Interior (PE); O Menino que tinha medo do rio, direçao de Marcos Carvalho (PE); Onde tem índio, tem floresta, direção de Fausto Junior (BA); Porto do Madeiro, direção de Lucila Meirelles e Augusto Calçada (RN); Quando a chuva vem?, direção de Jefferson Batista de Andrade (PE); Rio Mar, direção coletiva (PE); O Riso da Mata, direção de Priscila Jácomo e Melquior Brito (SP); Sinfonia da Destruição, direção de Rodney Gonzaga Barbosa (SP); Supremacia da Fumaça, direção de Marcelo Mendes Gomes (ES); Tupinambás - Vozes da Caminhada, direção de Rodrigo Brucoli (SP); Xepa, direção de Thanya Ponce Nava e Roberto Kanella (SP); 2019: O ano que a impunidade virou regra, direção de Tiago Galan Mazurkevic (RJ); 70% O Filme, direção de Zefel Coff (DF).

MOSTRA DE CINEMA INFANTIL

Ainda Existe Amor, direção de Gustavo Rayner (RJ); Antes que Vire Pó, direção de Danilo Custódio (PR); Briga de Galo, direção de Leonardo José Mancini (AM); Cadê o Amor que Estava Aqui?, direção de Adriano Gomes; Fome, direção de Felipe Fré (SP); Fucsia & Luxy, direção de Jeremias Adrian Bustingorri (SC); Maratonista de Quarentena, direção de Eduardo Tosta e Karol Azevedo (BA); ME, direção de Adriana do Prado Lisboa Siqueira. Nana e Nilo em Dia Ensolarado e Chuvoso, direção de Sandro Lopes (RJ); Penhead, direção de Hyuri Constâncio; Pila, Pilão, direção de Giuliana Danza (MG); Planta, direção de Pedro Vieira, Rafael R. Fontcuberta; Quarks & Leptons, direção de Maurício Squarisi (SP); Seu Bôlas encontrando os Nôuras, direção de Bruno de Castro (RJ); Smartphamily, direção de Vinicius Augusto Bozzo (CE); Sonhos da Isah: O baú do Papai, direção de João Ricardo Costa (SC).

*Sob supervisão da editoria de Cultura **A produção do Circuito informou que alguns selecionados não disponibilizaram o Estado que representam no formulário de inscrição. Por essa razão, alguns dos filmes estão sem a identificação da UF