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Nº 5868
Caderno B

LANÇADO POR SELO ALAGOANO, DISCO DE NORUEGUESA TEM HISTÓRIAS VIVIDAS EM MACEIÓ

Averekty, de Mathilde Wigre, tem produção de Bruno Berle e Batata Boy

Por MAYLSON HONORATO/ COM ASSESSORIA | Edição do dia 04/09/2020 - Matéria atualizada em 04/09/2020 às 05h00

Em uma das canções, artista canta sobre impasse linguístico durante “aventura” em Alagoas
Em uma das canções, artista canta sobre impasse linguístico durante “aventura” em Alagoas - Foto: Alessandro Plescia/Divulgação
 

Após o lançamento bem-sucedido do single duplo Arevekty & Takneemly, que ganhou destaque no site Sounds and Colours, o primeiro EP da cantora e compositora Mathilde Wigre, Arevekty, já está disponível nas plataformas digitais. Composto por cinco músicas e uma faixa bônus, a obra continua com a pegada folk indie e com aquele ar bucólico, doce e singelo, presentes nas duas primeiras canções lançadas. Natural da Noruega, Mathilde veio ao Brasil em 2018 com o objetivo de fazer um documentário sobre a cultura underground do país, e acabou gravando não só o filme como também algumas canções. Junto com os músicos alagoanos Bruno Berle e Leonardo Acioli (Batata Boy), do selo Batata Records, a artista passou um mês em uma casa no bairro Pescaria, litoral norte de Maceió, onde produziu o EP. Arevekty conta com cinco músicas autorais e uma faixa bônus - uma versão de “Kjærlighetsvisa”, de Halvdan Sivertsen - , sendo, no total, três em inglês e três em norueguês. Uma das músicas que também compõem o EP é “Don’t get attached to me”, que abre o trabalho. Nessa canção, Mathilde questiona a atitude quase irracional dos homens que dizem isso (“Não se apegue a mim”) com a intenção de afastar as pessoas de um relacionamento sério. “Eu só acho estranho essas pessoas demonstrando amor e dizendo outra coisa, então eu digo a mim mesma que eu não vou fazer isso. Em vez disso, vou dizer: Don’t get attached to me / but I am attached to you (Não se apegue a mim / Mas estou apegada a você). Essa música sou eu me empoderando dessas palavras”, confessa a artista. Outra faixa presente nessa obra é “Skjønte ikke”. Mathilde revela que essa frase, em sua língua nativa, significa “Não entendi”. Baseada numa história real, a faixa conta a história de uma festa em que a artista estava (Junto com Bruno Berle, já citado) que foi ficando perigosa e, por causa da barreira linguística, ela acabou não conseguindo compreender o que estava acontecendo naquele momento. “Essa música é um pedido de desculpas ao Bruno. Estou acostumada em confiar em meus próprios sentimentos. Eu confio nos meus amigos tanto quanto em qualquer um, mas no Brasil percebi que isso é ingenuidade. Então, depois da briga que tivemos naquela noite, entendi que se um amigo diz para ir embora, só confie no seu amigo, e pergunte depois o porquê, porque talvez ele não se sinta seguro”, reconhece a cantora. Arevekty tem participações de Bruno Berle e Batata Boy - que também assinam a produção - em quase todos os instrumentos, com exceção da guitarra, bongo e chocalho em “Skjønte ikke”, performados por Phylipe Nunes Araújo, e do fagote na faixa-título, tocado por Ythallo Pereira, da Orquestra Filarmônica de Alagoas. A capa é de autoria de Lou Stanley. O EP é um lançamento do selo Batata Records.

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