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Nº 5897
Caderno B

Últimos dias para conferir a exposição ‘Meu Mundo é o Papel’

Mostra individual de Agélio Novaes exibe universo de cores e texturas na galeria do Teatro Deodoro

Por Da Editoria de Cultura com Assessoria | Edição do dia 10/01/2023 - Matéria atualizada em 10/01/2023 às 15h01

 

Foto: Ascom Diteal
 

A singularidade e a beleza trazidas pela exposição “Meu Mundo é o Papel”, de Agélio Novaes Filho, chegam aos seus últimos dias de visitação na Galeria de Artes Visuais do Complexo Cultural Teatro Deodoro, encerrando-se no próximo domingo, dia 15. 


Sob a curadoria de Walter Karwatzki, a mostra traz um universo de cores e texturas, enriquecendo o olhar do espectador por meio da criatividade artística de Agélio Novaes. A reta final da exposição é uma oportunidade para os entusiastas da arte alagoana prestigiarem a riqueza do papel como matéria prima, passeando pela colagem, pela escultura e pela gravura.


Natural de Viçosa, Agélio Novaes Filho é desenhista formado pelo Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco, artista plástico e cenógrafo. Com entrada gratuita, as visitas podem ser feitas de segunda a sábado, das 8h às 18h; domingos e feriados, das 14h às 17h.


“O papel sempre foi mesmo o meu forte e, de fato, minha vida toda é o papel, como diz o título dessa exposição. Tem interferências de tintas, mas são tintas acrílicas, sem cheiro, por causa da minha alergia”, conta o artista plástico.


PARA NÃO PERDER OS DETALHES


Na viagem proposta por Agélio há particularidades inéditas e que merecem um olhar mais atencioso dos visitantes: esculturas nas cores brancas; uma série de sete quadros em homenagem aos negros brasileiros e quadros em estilo steampunk (obras ambientadas no passado, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na história real).


“Eu gosto de imaginar essas interferências lúdicas, imaginativas nos ambientes, nos cenários. Tudo é vapor, tudo é balão. São coisas antigas, mas tem o contemporâneo também, é uma mistura que me agrada”, conta, enquanto aponta para um quadro em que o Teatro Deodoro pode ser visto cercado por zepelins.


Na sessão de infogravuras, salta aos olhos retratos de figuras da cultura popular, reinventadas em bonitas provocações. É o caso da “Rainha Grávida”, com Viçosa, o berço da cultura alagoana, de fundo. E do “Mateus” do Guerreiro trajado a caráter, envolto às luzes que certamente exprime enquanto dança e que, até então, somente poderiam ser vistas por olhos sensíveis como o de Agélio.


“Viçosense é muito ligado ao folclore, às coisas populares. A partir das pesquisas, a gente se aprofunda, vai descobrindo e redescobrindo as coisas, e juntando com toda essa nossa memória. Eu pego uma coisa que é da gente e tento dar a minha contribuição, com uma linguagem contemporânea”, afirma o artista.


“E eu gosto de humor, meu trabalho tem humor, uma certa coisa. Não gosto de nada muito sério. Como esse cupido aqui, que é barrigudinho, tem asas minúsculas, traços diversos, diferente do que vemos como um cupido normalmente”, explica Agélio.

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