EXPLOSÃO EM DEPÓSITO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO DEIXA UMA PESSOA FERIDA
Proprietário é preso em flagrante e confessa à polícia que não tinha autorização para funcionamento
Por Da Redação | Edição do dia 07/03/2023 - Matéria atualizada em 06/03/2023 às 21h10
Uma forte explosão em um depósito de fogos de artifício assustou moradores, no bairro Benedito Bentes, na parte alta de Maceió, nessa segunda-feira (6). O local fica na região da Avenida Rota do Mar. Uma pessoa ficou ferida e teve queimaduras de 1º grau.
O estabelecimento clandestino tinha quatro contêineres. Deles, dois explodiram. Devido a isso, a perícia será acionada para a realização dos procedimentos cabíveis.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), uma vítima foi localizada na parte externa da fábrica, com um ferimento no membro exterior. No entanto, segundos antes de receber o atendimento médico necessário, a pessoa - apontada inicialmente como funcionária do depósito -, fugiu do local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para os procedimentos cabíveis e deslocou um helicóptero para a região. Já o CBM/AL enviou sete viaturas e 21 militares para atuar na ocorrência.
Imagens que circularam nas redes sociais mostravam uma grande nuvem de fumaça no céu, provocada pelo incêndio. Moradores de bairros como Serraria e Gruta de Lourdes, relataram que ouviram um “grande estrondo”. Diversas casas próximas ao local ficaram danificadas, algumas delas, parte do teto destruído. Também haviam peças de ferro estão espalhadas pela região. As chamas se estenderam para a vegetação.
A Defesa Civil de Maceió vistoriou as residências próximas ao local onde houve a explosão. Pequenos danos foram registrados, mas sem que comprometessem as estruturas das casas. A população do entorno que perceber algum dano estrutural, pode acionar a Defesa Civil pelo número 199.
LOCAL CLANDESTINO
O proprietário do depósito - que não teve o nome divulgado - foi preso em flagrante pelo crime de explosão. Ele confessou à polícia que não tinha autorização para armazenar o material.
“Ele falou pra gente que não tinha autorização para armazenar os fogos no depósito. No depoimento ele vai poder dar mais detalhes sobre o funcionamento lá”, disse o delegado responsável pela Delegacia de Crimes Ambientais.
Ele foi ouvido pela delegada plantonista Elizabeth Sampaio, que o autuou no art. 251 do Código Penal Brasileiro: “Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. A pena para esse crime é de de três a seis anos de reclusão e multa.
Um outro homem que seria o caseiro do local também foi conduzido para a Central de Flagrante, mas na condição de testemunha. Contrariando o depoimento do proprietário, ele disse à polícia que no local funcionava uma fábrica de fogos de artifício e que lá trabalhavam cinco pessoas, mas que normalmente apenas dois funcionários apareciam para trabalhar com mais frequência.
Segundo a polícia, ele agora fica recolhido na Central de Flagrantes e deverá passar por uma audiência de custódia, nesta terça-feira (7), para a Justiça decidir se o proprietário do depósito poderá responder ao processo em liberdade ou se vai permanecer preso preventivamente.
O caso será encaminhado para a Delegacia dos Crimes Ambientais para a investigação aprofundada dos fatos. O delegado Robervaldo Davino é a autoridade policial responsável pela especializada.