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Nº 5821
Caderno B

Mãe Neide Oyá D'Oxum é presença confirmada na Bienal 2023

Gastrônoma e ialorixá alagoana lançará livro de receitas durante o evento que ocorre em agosto

Por Da Redação com Assessoria | Edição do dia 06/07/2023 - Matéria atualizada em 06/07/2023 às 15h01

 

Foto: Divulgação
 

A programação da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas ganha mais um nome de peso: a presença de Mãe Neide Oyá d’Oxum, que lançará um livro de receitas afro-quilombolas durante o maior evento literário e cultural do estado, cuja realização se dará entre os dias 11 e 20 de agosto no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió. A entrada é franca.


Natural de Arapiraca, Mãe Neide mantém um centro de cultura afro, o Centro Espírita Santa Bárbara, no Conjunto Village Campestre, parte alta de Maceió, onde realiza diversos cursos e oficinas profissionalizantes, trabalhando em prol da melhoria da comunidade. Tanto que no ano de 2014, recebeu o título de cidadã maceioense; um ano antes já havia recebido o título de cidadã Palmarina.


Em 2017, Mãe Neide recebeu o título de melhor chef alagoana e, um ano depois, em 2018, foi eleita Embaixadora da Gastronomia Alagoana a partir de sua relação com a culinária de tradição quilombola feita em seu restaurante, o Baobá, que está localizado na Serra da Barriga, em União dos Palmares, e no bairro Ponta Verde, em Maceió. Já em 2021, foi eleita a melhor chef do país, sendo a única mulher negra e nordestina a chegar à última fase da disputa.


Patrimônio Vivo de Alagoas, por sua contribuição com a cultura local e sua relação com a cozinha, Mãe Neide Oyá d’Oxum chega à programação da Bienal 2023 para lançar seu aguardado livro de receitas. Acompanhe Mãe Neide pelas redes sociais e saiba mais sobre seu trabalho e demais projetos clicando aqui.


SIDNEI NOGUEIRA


Outro importante nome confirmado no evento é Sidnei Nogueira. Sidnei é graduado em Letras pela Universidade Braz Cubas, tem mestrado e doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (USP) e finalista do Prêmio Jabuti de 2021 na categoria Ciências Humanas. É membro da Ocupação Cultural Jeholu, além de ativista e escritor dos livros “Coisas do Povo do Santo” (2011), que leva o selo da SRS Editora e “O que é Intolerância Religiosa” (2020), lançado pela Coleção Feminismos Plurais, idealizada pela também ativista negra Djamila Ribeiro.


No livro, Nogueira apresenta, dentre outros pontos, a investigação de denúncias ligadas à temática religiosa a partir do Disque 100, um serviço do governo federal que recebe queixas sobre as violações dos direitos humanos. Foi a partir daí que o ativista e escritor apresentou importantes discussões sobre a hegemonia branca e o racismo religioso, além de mostrar como a encruzilhada é um lugar de muitas possibilidades de vida.


SOBRE A BIENAL


A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é organizada e realizada pela Ufal, pelo Governo de Alagoas e pela Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Sob a coordenação da professora Sheila Maluf, o evento tem ainda apoio do Sebrae, Sesc, Natura e Instituto Natura, Hotel Ponta Verde, Empresa Junior de Arquitetura e Engenharia Civil (Ejec) e outras instituições.

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