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DE OLHO NA BIENAL

Autores alagoanos se preparam para a 10ª Bienal Internacional do Livro

Escritores falam sobre obras que serão lançadas no evento

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Faltando menos de um mês para o início do maior evento cultural e literário de Alagoas, a programação da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas já vem movimentando o cenário estadual e nacional há algum tempo. Com atrações diversas, o evento, que está sendo organizada pela Ufal, via Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), Pró-reitoria de Extensão (Proex), Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) e Assessoria de Comunicação (Ascom), e correalização do governo de Alagoas, por meio de suas secretarias, acontecerá entre os dias 11 e 20 de agosto.

Seguindo o tema “Defender a vida, proteger o planeta e humanizar a sociedade” e tendo como patrono o cineasta alagoano Cacá Diegues, a 10ª Bienal irá homenagear o multiartista Jorge de Lima, que se vivo fosse estaria celebrando seus 130 anos. Além disso, mais outras 24 personalidades alagoanas que se destacaram na literatura e deixaram um vasto legado para a cultura brasileira.

Entre os nomes de relevância nacional que estarão integrando a programação do evento estão: Nelson Motta, Jessier Quirino, Paula Pimenta, Renan Inquérito, Sidnei Nogueira, o quadrinista Carlos Ruas e muitos outros. Outro destaque desta edição é também a homenagem à Argentina, com o intuito de promover um intercâmbio de conhecimento durante as visitas ao estande do país hermano.

No site oficial do evento (bienaldealagoas.com.br), constam a programação completa e informações adicionais para agendamento de caravanas para visitação de escolas. Tudo será controlado devido ao espaço no estacionamento do Centro de Convenções. A estimativa é de que 50 mil crianças passem pelo espaço.

LITERATURA ALAGOANA

Representando a literatura alagoana, diversos autores ‘calouros’ e veteranos estarão expondo suas obras e dialogando com o público da Bienal. Adriano Nascimento, Milena Santos, Maria Adriana Torres e Saulo Fernandes são alguns dos autores que estarão no evento.

Adriano Nascimento estará lançando o livro, o “Estado e Economia Política na América Latina”, que surgiu do contínuo intercâmbio que um grupo de pesquisa estabeleceu com pesquisadores de outros países da América Latina, enquanto cursava doutorado em Ciência Política na Unicamp.

“O livro tem como objetivo proporcionar ao público brasileiro acesso ao pensamento político latino-americano. Além disso, a iniciativa de fazer uma Bienal do livro que homenageia a Argentina, a sua cultura, a sua literatura e a sua tradição política democrática recente foi formidável e digna dos melhores elogios. A integração latino-americana é decisiva para nosso desenvolvimento econômico e social. Esta integração deve ser econômica e política, mas passa também pela cultura. Neste sentido, a Bienal toma uma iniciativa que espero que seja replicada em outros Estados e por outras universidades do País”, disse ele.

Já a autora Milena Santos estará lançando sua obra “Defeitos Estrutura de Controle do Capital”. O livro é o terceiro da trajetória de Milena e surgiu a partir da pesquisa que realizou durante seu doutorado em Serviço Social. Para ela, o livro representa um dos momentos mais importantes de sua vida.

“Me sinto feliz por participar da Bienal 2023. Já participei como estudante e consumidora em bienais anteriores. É uma satisfação participar, agora, como autora. O público poderá acessar uma publicação relevante para a área das ciências sociais, que busca tratar os fundamentos de questões importantes para analisar os problemas sociais, econômicos e políticos da atualidade, numa perspectiva histórico-crítica”, explicou ela.

A autora Maria Adriana Torres irá participar pela quinta vez da Bienal. Nesta edição, ela lança a obra “Mulheres e Cativeiros: Entre a pena-penitência e o direito”. A autora afirma que esse é um grande marco de sua carreira, além de representar seu compromisso com a produção do conhecimento com a justiça social.

“A proposição é pensar o cárcere como um dos cativeiros de mulheres, a fim de construir e partilhar conhecimentos que se movam para a transformação dessa realidade. Esse livro é produto de estudos e pesquisas realizados durante e após o pós-doutoramento em Direitos Sociais na Universidade de Salamanca/Espanha, e soma-se ao conjunto de estudos e pesquisas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Direito, Justiça e Sociedade (DJUSS/CNPq), que coordeno na Faculdade de Serviço Social (FSSO)”.

Já o autor Saulo Fernandes, revela que está ansioso para reviver as emoções trazidas pela festa literária e que espera que o público receba com carinho suas duas obras: “Psicología y descolonialidad - Saberes para curar en palenques y quilombos” (Colombia-Brasil), escrito em conjunto com Liliana Parra-Valencia e Dolores Galindo; e o livro “Políticas de subjetivação e cotidiano: trajetórias de pesquisa”, escrito com Lázaro Batista.

“É sempre uma alegria participar de uma Bienal, um momento muito bonito para aqueles que escrevem. A gente sempre deseja que as pessoas leiam nossas obras, mas aquele momento de lançamento proporcionado pela Bienal, é único, pois estamos partilhando o que escrevemos para o mundo, um momento de dialogar com o público, uma verdadeira festa”, disse ele.

ESCRITORES SELECIONADOS

A Biblioteca Estadual Graciliano Ramos realizou ontem (18) um encontro com os escritores alagoanos selecionados para o lançamento e exposição das suas obras no estande da Biblioteca durante os dez dias da Bienal Internacional do Livro de Alagoas.

Durante o encontro, com aproximadamente 30 escritores alagoanos, foi apresentado as orientações sobre a logística da exposição e o lançamento das obras dos escritores alagoanos.

“É uma sensação de alegria e ansiedade lançar o meu livro na Bienal através do estande da Biblioteca Graciliano Ramos. Esse é o meu primeiro livro e espero que as pessoas estejam de coração aberto, pois trata-se de um livro de poesias”, disse a escritora Patrícia Vieira.

A escritora independente Patrícia Vieira reforçou a importância de ter o apoio do Governo do Estado no lançamento das obras regionais. “É muito importante esse apoio que a Secult passa pra nós que somos autores independentes. O custo para fazer o lançamento de um livro é muito grande. Fazendo o lançamento com o apoio do Governo de Alagoas fica bem mais simples e com um público maior”, completou a escritora.

A supervisora da Biblioteca Graciliano Ramos, Mira Dantas, conduziu a reunião, parabenizando os escritores alagoanos por terem o privilégio de lançarem as suas obras no estande do equipamento cultural e ressaltou a importância da biblioteca promover o lançamento de inúmeras obras do estado de Alagoas.

“Valorizar a nossa cultura literária é de extrema importância. Além disso, ter a Biblioteca, um equipamento público, promovendo o lançamento e exposição de obras alagoanas ricas em cultura é indispensável, uma verdadeira sensação de alegria. Além de prestigiar o talento dos escritores alagoanos, a Biblioteca proporcionará, na Bienal do Livro um verdadeiro escambo entre o artista e o leitor”, frisou.

Ao todo, foram selecionadas 97 obras para exposição e outras 67 obras para lançamento durante o evento. Os escritores alagoanos ou residentes no estado há pelo menos dois anos tiveram a chance de participar da seleção pública. A lista completa com os selecionados está disponível em cultura.al.gov.br.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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