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Nº 5874
Cidades

Greve da Pol�cia Civil atinge ades�o de 90%

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Por | Edição do dia 15/09/2002 - Matéria atualizada em 15/09/2002 às 00h00

A greve da Polícia Civil atingiu um índice de 90% de adesão na Capital, segundo avaliação do Sindicato dos Policias Civis - Sindpol. No interior, a paralisação está em torno de 60% a 70%. Por decisão da própria categoria, foi mantido o funcionamento dos institutos Médico Legal – IML - e de Identificação (que paralisou apenas por um dia), além das Centrais Integradas de Atendimento Policial ao Cidadão – CIAPCs I, II e III. São quase 15 dias de paralisação. A greve é legal, conforme julgou o juiz da Fazenda Pública, Manoel Cavalcante de Lima Neto, em despacho publicado no Diário Oficial da última sexta-feira. Mas pelo mesmo despacho os dias parados podem vir a ser descontados pelo Estado. As perspectivas de negociação não são muito animadoras. Os policiais acham que o governo radicalizou e este tem a mesma opi-nião em relação à categoria. “Até agora não temos nenhuma promessa. O Sindpol tenta negociar, porém o governo não quer. Houve flexibilização de nossa parte, mas o governo resolveu radicalizar”, destaca Carlos Jorge, presidente do Sindpol. A flexibilização a que ele se refere foram alguns ofícios que, na avaliação da categoria, seriam tentativas de abrir os canais de negociação. “O governo não se nega a resolver o impasse. Já sentou duas vezes para tentar negociar com os grevistas, inclusive em uma dessas oportunidades o próprio governador comandou as negociações. Mas o movimento continua radicalizando”, rebate, por sua vez, o secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo. Violência O movimento não tem números exatos sobre o nível de paralisação, porém diz que em Maceió ela atingiu 90% da categoria. No interior, a adesão não foi no nível desejado, segundo eles, em função das dificuldades de chegar aos municípios. “O contato não é constante, diário, como na Capital”, justifica Carlos Jorge. Para melhorar a adesão, eles começaram desde ontem a intensificar o trabalho de conscientização em alguns municípios-base. Palmeira dos Índios, Arapiraca e São Miguel dos Campos são o alvo inicial. “Vamos levar aos companheiros a mensagem de conscientização sobre a necessidade de paralisação e da adesão de todos”, salienta o dirigente sindical. Ele frisa que, durante os 15 dias em que os policiais civis estão em greve, a violência aumentou em Alagoas. “Cresceram os arrombamentos, os homicídios, os furtos, os assaltos à mão armada”, afirma Carlos. O Sindpol não dispõe de números que assegurem essa afirmativa. O secretário Arecippo contesta: “Não houve aumento da violência, até porque a Polícia Civil é investigativa e não repressiva. A situação, nesse aspecto, está sob controle”, ressalta ele.

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