Alagoas lidera ranking de conflitos agr�rios
Alagoas continua a liderar o ranking dos Estados com maior número de conflitos fundiários. Os problemas gerados pela falta da terra, sua ocupação desordenada e de forma injusta estão em discussão até amanhã, 28, na 13ª Assembléia da Comissão Pastoral da
Por | Edição do dia 27/02/2002 - Matéria atualizada em 27/02/2002 às 00h00
Alagoas continua a liderar o ranking dos Estados com maior número de conflitos fundiários. Os problemas gerados pela falta da terra, sua ocupação desordenada e de forma injusta estão em discussão até amanhã, 28, na 13ª Assembléia da Comissão Pastoral da Terra (CPT), aberta ontem, no Centro Social Rural Dom Adelmo Machado, no Vergel do Lago, com a participação de trabalhadores rurais sem terra, assentados e pequenos produtores. A CPT entregou, durante a manhã, o Prêmio Dom Hélder Câmara de Solidariedade pela Terra ao professor de Sociologia da Ufal Paulo Décio, por sua dedicação acadêmica ao povo do campo. Décio defenderá no dia 1º a tese de doutorado Reestruturação Produtiva na Atividade Canavieira: Ação Sindical e dos Movimentos Sociais Rurais em Alagoas, na Universidade Federal de Pernambuco. Depois do Pró-Álcool, em Alagoas, ocorreram novas formas de gestão de trabalho. Com o fechamento de usinas, houve um agravamento da situação que atingiu também o uso e a posse da terra no Estado, frisou o professor Paulo Décio, lembrando que Alagoas continua sendo o Estado do País com maior incidência de conflitos fundiários. Esse fato, segundo ele, contribui para uma ação efetiva dos movimentos sociais. O Estado dispõe de 60 assentamentos, cuja maior preocupação, no momento, é a sustentabilidade. Maragogi possui dois terços de sua área ocupados por assentamentos rurais, uma atividade que passa a ser tão importante quanto o turismo na região, observou Décio. O município dispõe de 14 assentamentos. O tema central da 13ª Assembléia da CPT é Terra sem Males.