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Nº 5882
Cidades

“A gente deixa de pensar com amor”

“A gente deixa de pensar com amor”. É difícil imaginar uma mãe dizer uma frase assim, mas só quem luta há quase dez anos para livrar o filho do vício e do tráfico pode entender a carga emocional desse desabafo. Para entender melhor o abalo sísmico que as

Por | Edição do dia 10/11/2013 - Matéria atualizada em 10/11/2013 às 00h00

“A gente deixa de pensar com amor”. É difícil imaginar uma mãe dizer uma frase assim, mas só quem luta há quase dez anos para livrar o filho do vício e do tráfico pode entender a carga emocional desse desabafo. Para entender melhor o abalo sísmico que as drogas provocam sob os pés de uma família, a Gazeta entrevistou três mães que internaram os filhos em clínicas de reabilitação, depois que eles se alistaram no front do tráfico de entorpecentes. Estas mães só concordaram em conversar com a nossa reportagem sob a expressa condição de não terem os nomes revelados, o que representaria um risco de morte tanto para elas como para os filhos. Como estão unidas no mesmo drama e vivem situações muito semelhantes, resolvemos identificá-las aqui simplesmente com o vocábulo mãe. “O meu começou com 12 anos, ele estava sendo treinado pelo tráfico para ser aviãozinho, ficou cheio de moral, começou a me enfrentar, dizer desaforo, ficava agressivo quando eu não dava dinheiro. Um dia ele disse ‘vou pegar aquele bicho preto pesado para botar em cima de você’, ameaçando atirar em mim com um revólver. Ele me agredia e depois ia embora, eu não podia fazer nada, fazer o que? Deixar ele me matar?”, pergunta a mãe.

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