Moradores do Santo Amaro e do Canaã, bairros localizados na parte alta de Maceió, bloquearam trecho da Avenida Durval de Góes Monteiro, no início da tarde de ontem. Queimando pneus, galhos e até troncos de árvores, eles reivindicavam melhorias na segurança e iluminação da passarela que corta a via, que tem sido alvo de assaltantes. Eles também protestaram contra a morte da funcionária da Real Alagoas, Ana Anastácia, que, temendo ser assaltada, teria evitado a passarela e seguiu pela avenida, sendo atropelada e morta por um motoqueiro, na noite do último domingo. O líder comunitário Gilvan Oliveira comparou a situação dos moradores, a uma faca de dois gumes. “Se a gente passar por cima (passarela), corre o risco de ser assaltado. Se formos por baixo (avenida), podemos ser atropelados e até morrer”, desabafou. Segundo ele, desde a gestão municipal anterior que as duas comunidades pedem reforço na segurança e estrutura da passarela e não são atendidas. O protesto gerou um engarrafamento no local. Moradores de outros bairros da capital, interior de Alagoas e até de outros estados foram obrigados a ficar horas na via. Os manifestantes não queriam sequer liberar a via para uma ambulância que seguia com um paciente para o Hospital Geral do Estado (HGE). Após apelo de outras pessoas que estavam no local, a via foi liberada para a ambulância. * Sob supervisão da editoria de Cidades.