Estado exportar� 90 milh�es de litros de �lcool
EDIVALDO JUNIOR As usinas e destilarias de Alagoas vão aumentar em 50% as exportações de álcool este ano. Já estão fechados negócios com tradings que garantem vendas de 90 milhões de litros do álcool para uso combustrial e industrial. O volume representa
Por | Edição do dia 03/03/2002 - Matéria atualizada em 03/03/2002 às 00h00
EDIVALDO JUNIOR As usinas e destilarias de Alagoas vão aumentar em 50% as exportações de álcool este ano. Já estão fechados negócios com tradings que garantem vendas de 90 milhões de litros do álcool para uso combustrial e industrial. O volume representa 15% do total do produto que será exportado pelo Brasil esse ano ( 600 milhões de litros). A exportação é uma alternativa encontrada, segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (SindaçúcarAL), Pedro Robério, para enxugar o mercado nacional. A expectativa é que no ano safra 2002/03, que se inicia em abril no Centro Sul, teremos um aumento de produção significativo, aumentando a oferta do produto e ameaçando a repetição da depressão de preços verificada em 1999, analisa. Pedro Robério foi eleito para a vaga aberta na vice-presidência do Sindaçúcar, em reunião realizada pelo pleno da entidade na última semana. Uma das suas primeiras missões é trabalhar, em Brasília, para encontrar, juntamente com as entidades que representam a indústria sucroalcooleira de outros Estados, soluções que impeçam a redução de preços, especialmente do álcool . Ele participou, ao lado do presidente do Sindaçúcar, Jorge Toledo, de reunião no Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool, quinta-feira, onde a entidade apresentou formalmente a proposta de aumentar a mistura de álcool na gasolina de 24% para 26%. Essa medida, se adotada, representaria um aumento de consumo na ordem de 500 milhões de litros, ajudando a enxugar o mercado, antecipa Jorge Toledo. O aumento da adição do álcool é uma medida tecnicamente viável, de acordo com estudos já antecipados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos. Já existem estudos demonstrando que o aumento da mistura não afeta em nada o desempenho dos automóveis. Por outro lado, se a adição for aceita, teremos um aumento de consumo significativo que certamente minimizará possíveis problemas de preços decorrentes do aumento de oferta do produto , a partir do início da safra no Centro Sul, enfatiza Toledo.