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“Igreja vive tempo de convers�o” - Parte I

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Tempo de conversão, Campanha da Fraternidade (CF), Eleições 2002, Catequese com Adultos, Feira da Fraternidade são assuntos atuais na vida das comunidades eclesiais. Para saber o sentido que a Igreja confere a todos estes eventos, procuramos o padre Celso Alípio, pároco da Catedral. Nessa entrevista, Celso Alípio esclarece o motivo da realização destes acontecimentos e das propostas para uma reflexão sobre eleições 2002. “Por uma terra sem males” é o lema da CF 2002. “Temos em nosso País uma grande contradição: a terra, geradora de vida se torna, muitas vezes, causa de morte”, diz o padre. Ele lembra, ainda, que se vive o tempo de conversão e explica por que a Igreja, durante quarenta dias, convoca os fiéis para uma mudança de vida. Com a Quarta-feira de Cinzas, inicia-se o tempo quaresmal, tempo forte no ritmo do ano litúrgico e na vida cristã comunitária e pessoal. Antigamente, estes 40 dias que precedem a Páscoa da Ressurreição eram vividos com grande austeridade penitencial, à base de jejum rigoroso e abstinência de carne. Hoje em dia está bastante mitigado este costume. Eis o tempo de conversão. Segundo ele, a Quaresma não é um tempo triste, deprimente e propício a uma espiritualidade evasiva do mundo e de seus problemas. A Quaresma é um tempo alegre e pré-pascal. Tempo de afirmação da própria identidade, de oração e revisão de vida, de equilíbrio, otimismo e força de Deus. De acordo com longa tradição mística, testemunhada por profetas e vivida pelo Cristo, a atitude de conversão comporta três elementos fundamentais: a oração, a esmola e o jejum. A conversão é uma atitude constante do cristão, porque converter-se é assumir um estilo e modo de viver cristamente no mundo atual. Que sentido tem o jejum para o homem moderno? No seu relacionamento com a natureza criada, o homem é chamado a ser livre, a ser senhor da criação. Acontece, porém, que muitas vezes se escraviza a ela. Por isso, a Igreja convida o homem a realizar um gesto de liberdade e de respeito em relação aos bens criados, através do rito do jejum. O rito do jejum não vale pelo que é, mas pelo que significa. Jejuar é abster-se de um pouco de comida ou de bebida. É estabelecer o correto relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e de respeito diante do alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o pode escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, idéias, apegos e assim por diante. Ainda há lugar para a esmola nos tempos atuais? O homem recebeu tudo de seu Criador. Tudo quanto tem, ele o possui porque recebeu. Ora, se Deus dá de graça e se o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, se Cristo se doou totalmente, dando sua vida, também o homem será capaz de dar de graça. A esmola concretiza o impulso de fazer o bem, com a certeza da destinação certa e traz consigo o conforto da partilha fraterna, o alívio de não retermos para nós o que faz falta para o outro, e o pressentimento de que, na verdade, estamos devolvendo a Deus o que ele mesmo nos deu primeiro. “Todo gesto de esmola vem acompanhado da ressonância das palavras de Cristo: “Tudo o que fizerdes a um destes, é a mim que o fazeis”. A Feira da Fraternidade é um gesto concreto de amor? Qual a sua finalidade? Dentro da Campanha da Fraternidade, iremos realizar, mais uma vez, a Feira da Fraternidade. Senhoras de nossa sociedade adquirem roupas, sapatos, utensílios domésticos e, sobretudo, gêneros alimentícios. O material adquirido é colocado em barracas bem organizadas e vendido, por preço acessível, aos irmãos pobres. A Feira tem trazido sempre um saldo positivo, no sentido financeiro e no de somar esforços nos caminhos da fraternidade. Com o resultado financeiro da Feira, dom Edvaldo, nosso arcebispo, exerce o ministério da caridade, mantendo e promovendo as obras sociais de nossa Arquidiocese. Os leitores da GAZETA estão convidados e convocados para assumirmos, juntos, a Feira 2002.

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