M�dico revela que Alagoas tem casos hemorr�gicos desde 1986
O infectologista Celso Tavares, do programa de combate à dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), admitiu, ontem, que desde 86 Alagoas vem registrando casos de dengue hemorrágica, que não estavam sendo notificados oficialmente à secretaria. O médi
Por | Edição do dia 13/03/2002 - Matéria atualizada em 13/03/2002 às 00h00
O infectologista Celso Tavares, do programa de combate à dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), admitiu, ontem, que desde 86 Alagoas vem registrando casos de dengue hemorrágica, que não estavam sendo notificados oficialmente à secretaria. O médico acredita que nesses 16 anos a doença tenha, inclusive, levado a óbito pessoas que não se submeteram a um diagnóstico para a detecção da doença. Celso Tavares considera importante para o diagnóstico da dengue investimentos nos pronto- atendimentos, além da documentação de todas as fases da doença apresentada em pacientes. Se essas fases não forem registradas não chegaremos à confirmação da doença, explicou. Na tentativa de impedir o aumento de casos de dengue em Alagoas, conforme o especialista, a Sesau vem capacitando médicos do Estado, com a finalidade de esclarecê-los melhor quanto ao histórico da doença. Celso destacou a atuação da rede privada de saúde, que tem apoiado a Sesau no combate à doença. Ele avalia como difícil o diagnóstico da doença em crianças, inclusive as que estão em idade pré-escolar e aconselha os médicos especialistas para que, nesse período de aumento do número de casos da doença, ao identificar sintomas como mal-estar e choro constante considerem esse caso como uma hipótese de dengue. Na maioria das vezes, essa hipótese só é levada em conta a partir do momento em que surgem manchas no corpo. Tavares esclarece que essas manchas só costumam aparecer em 30% dos casos. É imprescindível muita atenção às crianças, independentemente de elas apresentarem manchas pelo corpo, frisou.