Candidatos questionam concurso da Funesa

FÁBIA ASSUMPÇÃO Candidatos ao cargo de professor da Fundação Universidade Estado de Alagoas (Funesa) estão questionando os critérios estabelecidos no edital para aprovação no concurso realizado pela instituição. Os jornalistas Cícero Rogério do Nascimento e Joseane Soares Calado, que concorreram a duas vagas para a disciplina de Metodologia Científica, se dizem prejudicados porque o edital foi feito de uma forma a beneficiar os professores que já ensinavam na fundação. Cícero Rogério, que tirou nota 10 na prova escrita – constituída de uma redação – e tem curso de especialização, além de ter sido professor substituto do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) por dois anos, ficou com a média final de 6,77 e acabou desclassificado. Joseana que tem mestrado e obteve nota 8 na prova escrita também acabou sendo desclassificada. “O argumento era que tínhamos pouca experiência em sala de aula”, afirmou Joseana, bastante revoltada. “A gente procura se capacitar e se aperfeiçoar mais e isso acaba não tendo nenhum valor”. Ela acrescenta que nos concursos para professores das universidades federais a maior exigência é de que os candidatos tenham título de doutor ou mestre, títulos que não foram levados em conta pela Funesa. O que mais revoltou os dois é que uma das vagas para a disciplina de Metodologia Científica foi ocupada por uma professora já contratada na Funesa e que teria tirado 7, a menor nota na prova escrita, simplesmente porque tinha mais de 10 anos de ensino. Joseane e Cícero Rogério pretendem entrar com um recurso questionando o edital, assim que seja divulgado o resultado oficial do concurso, o que deve acontecer até o fim deste mês. A diretora acadêmica da Funesa, Maria Helena Aragão, explicou que o concurso foi realizado em três fases: prova escrita, didática e de títulos. Segundo ela, a banca examinadora do concurso tomou como base para avaliação os critérios definidos pelo edital. Ela garante, no entanto, que em nenhum momento o edital foi feito para beneficiar os que já eram professores da instituição. Prova disso, segundo Maria Helena, é que muitos professores da instituição não conseguiram aprovação. “Perdemos bons profissionais da casa”. Ao todo foram oferecidas 119 vagas de professores no concurso.