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Nº 5868
Cidades Pelo oitavo ano consecutivo detentos do sistema prisional de Alagoas fazem o Enem

AL: procura por Enem para privados de liberdade cresce 45%

Ao todo, 224 presos se inscreveram para as provas, aplicadas em nove unidades prisionais do Estado

Por Hebert Borges | Edição do dia 12/12/2019 - Matéria atualizada em 12/12/2019 às 06h00

O número de reeducandos do sistema prisional alagoano que se inscreveu para realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) cresceu 45% em comparação com 2018. Ao todo, 224 presos que cumprem pena nos presídios do estado se inscreveram para fazer as provas que foram aplicadas nesta terça e na quarta-feira (10 e 11), em 2018 foram 184 candidatos. Este é o 8º ano consecutivo que os presos fazem o Enem As provas em Alagoas foram aplicadas em nove unidades prisionais de Maceió e no Presídio do Agreste, localizado em Girau do Ponciano, e tiveram duração de cinco horas, de 13h30 até às 18h30. A maioria dos custodiados que prestam o Enem encontra-se no Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti, em Maceió. O exame contempla, ainda, os presos que cumprem pena no regime semiaberto. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em todo país, 46.163 pessoas cumprindo penas ou medidas socioeducativas estão inscritas para as provas. Segundo o órgão, o número de candidatos do chamado Enem PPL cresceu 12,5% em um ano: em 2018, 41.044 pessoas se inscreveram das provas. O crescimento no País fica atrás do apresentado em Alagoas. O Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies. Além disso, contribui para elevar a escolaridade da população prisional brasileira.

O exame é aplicado desde 2010 pelo Inep, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O número crescente de participantes revela o sucesso da iniciativa, possível pela parceria do MEC e do Inep com as secretarias estaduais de segurança pública, de administração penitenciária, de direitos humanos e de educação.

As provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é a aplicação, que acontece dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa, de cada unidade da Federação. Só podem participar aqueles que assinam Termo de Adesão, Responsabilidade e Compromisso, por meio de um sistema on-line. Há provas em penitenciárias, cadeias públicas, centros de detenção provisória e instituições de medidas socioeducativas. A aplicação é posterior ao Enem regular e ocorre em dias úteis. Adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa interessados em participar do Enem PPL devem solicitar a inscrição ao responsável pedagógico da sua unidade, desde que esta tenha assinado o acordo com o Inep.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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