O acúmulo de resíduos na Rua Marquês de Pombal, que liga os bairros do Vergel do Lago e Ponta Grossa, em Maceió, vem envergonhando e atrapalhando grande parte dos moradores do bairro. A situação da rua, no entanto, já é de conhecimento da Prefeitura de Maceió, que através da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) trabalha no caso, porém a situação persiste por descaso de uma parcela da população.
Para Maria Luiza, que mora no bairro há mais de 10 anos, a Prefeitura de Maceió faz seu trabalho corretamente mas a população não ajuda, levando a esse caso que já dura anos. “Vergonhosa, é isso que essa situação é. Os caminhões de lixo passam aqui várias vezes por semana e basta eles saírem que o pessoal volta a jogar lixo de novo, é um absurdo a falta de educação dessas pessoas, o próprio bairro que elas moram e fazem isso”, relatou.
“O carro do lixo passa três vezes por semana aqui no bairro e limpam esse lixo todo, mas basta eles saírem que já vem gente jogando novamente. Já vieram fiscais que ficaram aqui, já colocaram câmeras e não muda nada, continuam jogando lixo aqui. Eu não consigo passar por essa rua, ficar nessa esquina é uma agonia, com esse fedor horrível. Acho que só resolve com prisão dos que jogam o lixo, não tem outra solução”, contou a senhora.
De acordo alguns moradores, como Maciel da Silva, é difícil até se alimentar para quem mora perto da rua, porque o cheiro forte entra dentro das casas. “Eu moro aqui na rua ao lado e o cheiro consegue chegar até a minha casa, é horrível, às vezes não consigo nem comer por conta do fedor que fica, é uma situação horrível. A prefeitura passa aqui para limpar mas não adianta, alguns moradores simplesmente continuam jogando lixo. Talvez a única forma de resolver seja colocando vigilância 24h, um fiscal que passe o dia aqui para evitar que joguem lixo”, disse.
Um dos pontos mais revoltantes de toda a situação, segundo os moradores, é que na mesma rua fica a Escola Dom Adelmo Machado, a Fraternidade O caminho e um ponto de ônibus. “Eu já vi as irmãs da fraternidade reclamando do cheiro e varrendo a porta porque o vento leva toda essa sujeira para dentro da fraternidade, é revoltante isso, elas precisarem passar por isso. A gente quando quer pegar ônibus tem que ir para outro lugar, ninguém aguenta o cheiro ruim, porque ficar no ponto de ônibus é ficar dentro do lixo”, afirmou Tereza da Silva.
Os moradores dizem que nem todo o lixo do local é colocado por quem mora no bairro e que pessoas de bairros vizinhos usam o ponto como descarte de resíduos. “Nem todo mundo daqui da Ponta Grossa joga lixo aqui. Quando vejo alguém jogando eu reclamo, porque eu que é errado, sei que falta educação ambiental para essas pessoas. É bom lembrar também que vem pessoas de outros bairros jogar lixo aqui”, contou Carlos Silva.
Em nota, a Prefeitura de Maceió, por meio da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), divulgou uma nota sobre a situação da rua em questão.
CONFIRA À ÍNTEGRA:
A Superintendência Municipal de Desenvolvimento sustentável (Sudes) informa que o acúmulo de resíduos na rua Marquês de Pombal, no bairro Vergel do Lago, é decorrente do descarte irregular realizado pela população. A menos de um quilômetro do local há um Ecoponto à disposição para o descarte adequado. No entanto, o descarte irregular persiste, como o que foi registrado. O local recebe limpeza periódica, pelo menos duas vezes por semana, e a Sudes também realiza ações de fiscalização com o acompanhamento do Ministério Público para coibir a prática do descarte irregular, além de promover ações de educação ambiental. Medidas mais severas estão sendo avaliadas, a exemplo da apreensão de carroças ou veículos e a aplicação de multas que podem chegar a R$ 30 mil, no caso de flagrantes por descarte irregular.