O desrespeito aos direitos e às necessidade especiais de outras pessoas vem se mostrando alto entre alguns alagoanos. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) informa que, durante 2019, 1.572 infrações por estacionamento irregular em vagas destinadas a idosos, grávidas e deficientes físicos foram contabilizadas pelo órgão. Contudo, de acordo com o diretor de Operações e Mobilidades da SMTT, Rodrigo Medeiros, a situação vem melhorando.

Apesar de parecer alto, o número mostra uma diminuição em comparação aos anos anteriores. “Hoje em dia, podemos destacar que se respeita bem mais essas vagas e o acesso a elas. Nós podemos observar que três anos atrás, antes de mudar a legislação com relação às multas, o desrespeito era muito maior. Hoje ainda existe, claro, mas temos uma resposta positiva bem maior”, contou.

“Grande parte dessa mudança é em decorrência à gravidade da multa, que chega a R$ 293,47, juntamente à remoção do veículo e à redução de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Conseguimos uma fiscalização maior e, consequentemente, as pessoas começam a respeitar mais esse tipo de vaga, que é destinada a um público específico e que necessita dela”, disse.

A importância das vagas está especialmente na capacidade de ajudar pessoas com deficiência de locomoção e, como tal, sua fiscalização é indispensável. “Para pessoas que têm dificuldade de se locomover, seja por idade avançada, gravidez, ou por algum tipo de deficiência física, estacionar próximo ao local é de suma importância. Muitas vezes temos deficientes ou idosos que estacionam bem longe do local porque estão com a vaga ocupada por pessoas que não precisam dela, podendo ocasionar risco para a pessoa”, relatou o diretor de Operações e Mobilidade.

CONSCIENTIZAÇÃO

A SMTT, visando conscientizar a população para a importância de respeitar as vagas e não estacionar de forma irregular, utiliza-se de campanhas e mensagens através de palestras. “Trabalhamos também com conscientização no trânsito e com toda essa parte. Atualmente, não estamos em nenhuma campanha específica para esses casos de desrespeito a vagas de idoso, grávidas e deficientes físicos, mas temos o Maio Amarelo, nossa campanha de conscientização no trânsito”, comentou Rodrigo Medeiros.

Segundo ele, a mudança no comportamento da população é expressada através do número de denúncias de pessoas que não pertencem aos grupos que podem usar as vagas. “Acho que isso simboliza que estamos progredindo nesse ponto. As denúncias aumentaram e muitas delas não são feitas por idosos, grávidas ou deficientes físicos, e sim pelo resto da população”.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.