O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizou, na manhã de ontem, um ato público em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), no Farol, cobrando reconhecimento e valorização dos secretários escolares. Eles também protestaram contra as medidas impostas pela gestão de Renan Filho (MDB) que tiram a autonomia da secretaria das escolas para atender à comunidade em serviços, como realização de matrícula, enturmação de alunos e emissão de documentos.
De acordo com o sindicato, com as secretarias escolares sem ter autonomia, o processo de matrícula online, que promete facilitar a vida das pessoas, está gerando transtornos para a comunidade.
“O funcionário que está na escola conhece a realidade de cada um, atende a população de forma humana para entender os casos. Casos de crianças especiais que devem ficar próximas dos irmãos, grupos que os professores já detectaram que deveriam ser separados para melhor aproveitamento pedagógico, e muitas outras situações que dependem do olhar humano não são contempladas por esse sistema”, disse Patrícia David, dirigente do Sinteal e agente administrativo. Durante o protesto, os servidores tentaram o diálogo com a Seduc para assegurar melhorias no trabalho dos funcionários da escola e garantir o atendimento adequado à população. “A escola pública é um direito constitucional, e a secretaria escolar é fundamental para garantir que o acesso a ela seja feito da melhor forma. Essa confusão toda só aumenta o trabalho, os custos para o Estado e a comunidade, e aumenta a possibilidade de evasão escolar”, criticou a professora Consuelo Correia, presidente do Sinteal.
LONGAS FILAS
Na última segunda-feira (3), pais de alunos da rede estadual protestaram em frente à 13ª Gerência Regional de Ensino, no Cepa, em busca de respostas sobre o processo de matrícula desastroso do ano letivo de 2020. A decisão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de tirar a autonomia da secretaria da escola e terceirizar o processo não se limita à matrícula, conforme relata o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas. Eles dizem que, até mesmo, o formato de enturmação dos alunos (acomodação nas turmas) foi entregue a uma empresa terceirizada de fora do estado.