A Justiça do Trabalho em Pernambuco está à procura de mais de 7 mil pessoas que entraram com ação na Justiça nos últimos anos, ganharam e não aparecem para buscar o dinheiro a que têm direito ou até mesmo advogados que trabalharam na ação e recebem parte do valor da causa. São quase R$ 1 milhão à espera dos ‘sumidos’. Entre os desaparecidos que a Justiça tenta localizar está o advogado alagoano Fernando Albuquerque (OAB-AL 5126) que tem mais de R$ 1,2 mil à sua disposição. Se os ‘donos’ não aparecerem, o dinheiro pode ser destinado à Fazenda Pública. Antes, porém, a Justiça tenta de diversas formas localizar as pessoas. São expedidas notificações e intimações, no endereço constante do processo, e para os advogados. Em alguns casos, também para o sindicato ao qual o reclamante é vinculado. A principal razão para o ‘sumiço’ dessas pessoas é a mudança de endereço sem que seja informado o novo local de trabalho ou residência – dificultando a localização pela Justiça – ou mesmo o falecimento do autor do processo, sem que a família tenha conhecimento do processo judicial movido por ele, dificultando as providências dos herdeiros para ter direito ao dinheiro. Ouvidoria Em Pernambuco, a Justiça do Trabalho está prestando informações sobre os processos que têm recursos depositados em nome do reclamante através da sua Ouvidoria Judiciária. Os interessados que precisam de informação sobre o andamento do processo – para confirmar se já podem receber o dinheiro – podem procurar o setor, que atende por telefone, pessoalmente ou e-mail. (Fone 0800.281.2145 e e-mail [email protected]). A Ouvidoria de Pernambuco – primeira no Nordeste a funcionar na Justiça do Trabalho – foi instalada em agosto ano passado. Nos primeiros seis meses, mais de 500 atendimentos foram realizados, a maioria de pedidos de orientação e informação sobre o andamento de processos. Além de orientar, a Ouvidoria recebe também reclamações, denúncia ou elogios sobre os serviços prestados pela Justiça do Trabalho. Instalada no prédio-sede do TRT, no centro do Recife, atende por telefone (0800.281.2145), e-mail ([email protected]), pessoalmente ou através das urnas distribuídas nas Varas e setores da Justiça, possibilitando a descentralização do serviço. A juíza Carmem Lapenda, que atua como ouvidora, explica que todos os pedidos são registrados e, quando identificados, respondidos após adotadas as providências necessárias. No caso de denúncia sobre atuação de magistrado ou servidor, a crítica é enviada para a presidência do TRT, a quem cabe apurar. A presidente do TRT, juíza Ana Schuler, explica que o objetivo da Ouvidoria é melhorar o atendimento da Justiça Trabalhista, além de tornar mais transparente as ações desenvolvidas pelo setor.