Após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, pelo Ministério da Saúde (MS), nesta quarta-feira (26), a preocupação com a contaminação está por toda parte e a população demonstra temor diante da possibilidade de um surto no País. Especialistas afirmam que não há razão para pânico. É comum ver o uso de máscaras cirúrgicas pela população quando se trata de países que estão passando pelo surto do novo coronavírus. Nesta caso, o Ministério da Saúde recomenda a utilização de máscaras apenas para profissionais de saúde e para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias. Mesmo antes de ter havido a confirmação de um caso suspeito em Maceió, as farmácias já haviam renovado seus estoques de máscara e álcool em gel, se preparando para um possível aumento na procura pelo acessório. Eliege Maria, farmacêutica e proprietária de uma farmácia no bairro Forene, parte alta de Maceió, afirma que já preparou seu estoque para os próximos dias. “Apesar de não ter nenhum caso de coronavírus confirmado aqui no Nordeste, eu já me adiantei e solicitei mais máscaras e álcool em gel para deixar em estoque”, afirmou Eliege. Apesar de um provável alarme da população após a confirmação da primeira contaminação pelo coronavírus no país, a farmacêutica afirma que ainda não houve um aumento na procura por máscaras em sua farmácia. “Até então não existe uma grande procura. Assim que surgiram os primeiros casos ainda na China, poucas pessoas ainda nos procuraram. Acredito que agora, após o feriado, as pessoas comecem a procurar as farmácias por máscaras e álcool em gel”, contou. Para o médico infectologista Marcelo Constant, não há razão para pânico e a população deve manter a calma. “Não há motivo para alarde, mesmo num cenário de epidemia no país. Os mais vulneráveis são aqueles com deficiência de imunidade, recém-nascidos e idosos, portanto, a população em geral deve se ater aos cuidados básicos e deixar o uso de máscaras apenas para os profissionais de saúde”, disse o médico Em acordo com as orientações do Ministério da Saúde para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir o novo coronavírus, o médico aconselha que a população mantenha alguns cuidados.

“Com a falta de uma vacina para a doença, o que podemos fazer é ter certos cuidados, como por exemplo, evitar aglomerações em lugares fechados, realizar a lavagem das mãos com frequência e fazer uso do álcool gel, mantendo os cuidados básicos com a higiene para evitar a proliferação do vírus. Não razão para essa corrida pela procura por máscaras”, concluiu Marcelo Constant.

O médico alerta, ainda, para utilização de métodos de proteção alternativos, como a utilização de sacolas plásticas no lugar de máscaras protetoras. “Estes métodos não tem eficácia alguma e podem ser perigosos para quem utiliza”, afirmou.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.