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Nº 5897
Cidades Maceió, 26 de março de 2020
Fila de carros no Maceió Shopping, no primeiro dia de drive-thru de vacina em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

MACEIÓ REGISTRA 129 CASOS DE DENGUE E 13 DE GRIPE GRAVE

Segundo Ministério da Saúde, pico de coronavírus coincidirá com epidemias das doenças no Brasil

Por greyce bernardino | Edição do dia 11/04/2020 - Matéria atualizada em 11/04/2020 às 06h00

Maceió já contabiliza 153 casos notificados de dengue e 13 de gripe grave em 2020, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo o Ministério da Saúde, o pico do novo coronavírus coincidirá com as epidemias de dengue e de gripe - influenza e H1N1 - no Brasil. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, dos 153 casos, 129 estão confirmados, 12 descartados e os demais encontram-se em investigação. No mesmo período de 2019 foram notificados 228 casos de dengue. Houve, no entanto, uma redução de 32,89 % comparado ao mesmo período do ano passado. Sobre a H1N1, o órgão informou que a capital alagoana já contabiliza 23 casos e nenhuma morte este ano. Já em 2019, 82 pessoas foram contaminadas e sete morreram na capital. A primeira etapa da campanha de vacinação contra a gripe - influenza e H1N1 - em Maceió começou no dia 23 de março e, até o momento, mais de 70 mil pessoas já se vacinaram desde o início da campanha. Na primeira etapa, foram imunizadas todas as pessoas com idade a partir dos 60 anos e profissionais da saúde. A vacina não protege contra o novo coronavírus, mas auxilia profissionais na triagem de pacientes e acelera o eventual diagnóstico da Covid-19. No dia 16 de abril, começa a segunda fase, destinada aos professores das escolas públicas e privadas. Também deverão ser vacinados os profissionais das forças de Segurança Pública, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A última fase da campanha de vacinação acontece a partir de 9 de maio, contemplando crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, em cumprimento de medidas socioeducativas. “A Campanha de Vacinação contra Influenza ocorre anualmente e é a principal medida utilizada pelo Ministério da Saúde para prevenir a doença, porque pode ser administrada antes da exposição ao vírus e promove a imunidade durante o período de circulação sazonal da influenza, reduzindo o agravamento da doença”, orientou Denise Castro, assessora do Programa Nacional de Imunização (PNI) em Alagoas. Ela acrescentou, ainda, que algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão fazendo esquema especial para o público de risco do coronavírus, com algumas oferecendo, até, o serviço de ‘drive-thru’.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

De acordo a especialista em saúde pública Rosana dos Anjos, no caso da gripe os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, dor de garganta, cansaço, dores no corpo e, às vezes, problemas gastrointestinais. Já no coronavírus chama a atenção a evolução dos sintomas para dificuldades respiratórias e, em casos mais extremos, pneumonia viral ou intersticial. “O novo coronavírus tem sintomas semelhantes a outras doenças e, por causa dessa condição, muitas vezes as pessoas podem se confundir, não adotando os cuidados necessários e gerando problemas”, alertou. A médica explicou também que é impossível obter o diagnóstico das duas doenças através do exame clínico. Sendo assim, fazem-se necessário testes laboratoriais para confirmar os casos suspeitos relacionados aos sintomas. Na dengue, por sua vez, os sintomas geralmente são febre alta e de início imediato, e dores nas articulações e musculatura. “Vermelhidão nos olhos e manchas vermelhas na pele também podem estar presentes”, disse a especialista. “O diagnóstico da dengue é clínico, mas confirmado com exames laboratoriais de sorologia, biologia molecular e isolamento viral ou com teste rápido, usado para triagem”.

A especialista destaca que até o momento, não há tratamento específico para a Covid-19 nem para a dengue. São adotadas, no entanto, medidas de suporte, como hidratação, repouso e alimentação leve e equilibrada. “A hidratação, inclusive, deve ser intensificada nos três casos”, concluiu.

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