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Nº 5897
Cidades Maceió, 13 de abril de 2020   
Fumantes fazem parte do grupo de risco do coronavírus. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

FUMANTES FAZEM PARTE DO GRUPO DE RISCO DA COVID

Pneumatologista alerta para riscos que fumantes têm de sofrer complicações

Por william makaisy | Edição do dia 15/04/2020 - Matéria atualizada em 15/04/2020 às 06h00

Com a pandemia e disseminação do novo coronavírus (Covid-19), alguns grupos de pessoas estão no grupo de risco da doença e entre essas pessoas, se encontram os fumantes. De acordo com dados levantados pela Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em seu último estudo, no ano de 2018, 6,9% da população alagoana acima dos 18 anos são fumantes, percentual menor que o ano anterior, onde o número foi de 7,1%. Os dados do levantados pelo Ministério da saúde, através do Vigitel, mostram que a cada ano o estado de Alagoas vem mostrando uma diminuição no percentual de fumantes acima dos 18 anos, como conta a Coordenadora Estadual do Programa de Combate ao Tabagismo, Vetrúcia Teixeira. “O estado vem mostrando uma diminuição percentual a cada ano, em 2018 Alagoas teve 6.9% de fumantes da sua população acima de 18 anos, já em 2017 esse número foi de 7,1%. Alagoas figura entre os estados com as menores taxas do Brasil”, disse a coordenadora. Mas ela reforça que, mesmo com a diminuição, ainda é necessário um cuidado com esse grupo mediante a pandemia de coronavírus, uma vez que fazem parte do grupo de risco. “Talvez para o ano de 2020 tenhamos uma previsão de aumento relacionada a pandemia do coronavírus, porque os fumantes em quarentena se estressam mais, como também pelo risco de recaídas devido a restrição do atendimento em grupos de tratamento”, disse a coordenadora. “Atualmente, devido a ocorrência dessa pandemia, recomenda-se aos Núcleos de atendimento ao fumante que evitem o atendimento em grupos. Procurando, se possível, atender cada pessoa de forma individual ou online. Em Alagoas há uma média de 24 municípios aptos ao atendimento de fumantes que desejam parar de usar produtos derivados do tabaco”, informou.

PNEUMOLOGISTA

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o tabagismo aumenta o risco de complicações de dezenas de doenças, entre elas, doenças respiratórias, como conta o pneumologista Tadeu Lopes. “O cigarro possui mais de 4000 substâncias nocivas ao ser humano, em sua maioria cancerígenas e patogênicas. Essas substâncias causam um processo inflamatório crônico nos pulmões, dificultando seus mecanismos de defesa e facilitando a ação dos agentes infecciosos”, disse o pneumologista. Ele reforça ainda a importância do cessamento do tabagismo como forma de prevenção e cuidado. “A principal recomendação para evitar agravamento dos casos é cessar o tabagismo, aliás baseando-se no estudo que saiu na China, é mais uma prova de que o tabagismo faz mal e que é uma excelente hora para interromper esse mau hábito. O cigarro pode causar diversas doenças, dentre elas agravar vários tipos de alergias, desencadear câncer de boca, laringe, pulmões dentre outros e causar enfisema pulmonar”, contou o médico. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que coordena os Programas de Controle do Tabagismo dos Estados, como forma de ajudar os fumantes a pararem com o hábito de fumar, devido a pandemia da Covid-19, listou algumas dicas de auxílio nesse momento, entre elas estão: marcar uma data ainda esta semana para deixar de fumar; enquanto não chega o dia que você marcou, reduzir o número de cigarros diariamente, começando pelo adiamento do primeiro cigarro do dia; um dia antes do dia marcado molhar todos os cigarros restantes no maço e jogá-los no lixo etc.

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