A aglomeração de pacientes no Hospital Geral do Estado (HGE) é uma cena recorrente nessa pandemia. Pacientes por todos os lados revelam a falta de estrutura da unidade - a maior no atendimento de casos de urgência e emergência em Alagoas - para atender esse tipo de demanda. Sem distanciamento, medida fundamental para conter a proliferação da Covid, há risco de contaminação nos corredores.

Nessa terça-feira (12), vinte e oito pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus estavam internados na área azul e outros 14 na área vermelha. O fato é preocupante, segundo alerta o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Marcos Holanda. “O HGE não é referência no atendimento de casos de Covid, mas está topado aqui. Os pacientes estão chegando e ficando aqui.. Se chegar gente com dor no peito vai ficar e a chance de pegar é grande”, informa. Marcos Holanda disse que vai cobrar da Secretaria de Estado da Saúde a entrega do Hospital de Campanha e do Hospital Metropolitano. “Tem uma enfermaria aqui que já está com pacientes com Covid ou suspeita da doença. Aqui era para ficar livre para atender outros casos. Não tem mais leito”, lamenta o presidente do Sinmed. Na avaliação do presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde de Alagoas (Seesse-AL), Francisco Lima, “a situação de superlotação no HGE é antiga, mesmo que a gente tente dar encaminhamento. O melhor é evitar o HGE se tiver com algum sintoma de gripe”, declara Chico Lima. Denúncias que chegaram à Gazeta, publicadas na edição dessa terça-feira (12), revelam que os casos mais graves ficam em um local separado, sem equipamento de respiração ou leito adequado. Esses eram enviados para a ala vermelha assim que davam entrada, mas ultimamente a direção do hospital vem orientado os médicos a não mandarem os pacientes para lá, por falta de leitos.

OUTRO LADO

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que o número de casos suspeitos e confirmados da Covid-19 têm aumentado e que os pacientes que procuram o Hospital Geral do Estado (HGE) são acolhidos, uma vez que a unidade é porta aberta. Esclarece que, após serem testados, se forem positivados, são regulados para os 505 leitos SUS exclusivos para Covid-19 na Rede Estadual de Saúde, que já se encontram com taxa de ocupação de 60%, o que corresponde a 302 em uso, conforme dados da Central de Regulação de Leitos da Sesau, emitidos nesta terça-feira (12/05). Com isso, a Sesau, ressalta a importância de a população seguir as medidas de isolamento social, para evitar o aumento de casos no Estado e, consequentemente de hospitalização, uma vez que não há uma vacina para proteger contra o novo coronavírus.