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Nº 5897
Cidades Maceió, 20 de setembro de 2018
Charllys Praxedes, motorísta de aplicativo e eletricista. Matéria sobre alagoanos que exercem mais de uma função para conseguir pagar as despesas. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

MOTORISTAS DE APLICATIVOS PERDEM 50% DA RENDA

Pandemia fez despencar demanda pelo serviço

Por william makaisy | Edição do dia 14/05/2020 - Matéria atualizada em 14/05/2020 às 06h00

A pandemia do novo coronavírus vem afetando diversos setores da economia alagoana, entre eles, os setores de transporte por aplicativos e os serviços de táxis. Para a classe, que trabalha com transporte de passageiros, o isolamento social não tem sido benéfico, representando diminuição de 50% do faturamento dos motoristas de carro por aplicativo, os taxistas, que já vinham lutando para manter seu trabalho, não estão distantes dessa realidade.

Alguns motoristas de carro por aplicativo decidiram parar o serviço, outros, entretanto, continuam na luta diária, segundo o representante da Associação dos Motoristas por Aplicativo de Alagoas, Keko Guimarães. “Alguns da profissão resolveram parar de ‘rodar’ e ficam em casa mesmo, o resto, que tira seu sustento disso, está rodando e seguindo as recomendações de limpeza e o uso de máscaras”, disse Keko.

Ele conta que a dificuldade deles começa porque não tem ninguém na rua, e se complica com o risco de contágio do vírus. “Aqueles que decidem sair de casa vão na dificuldade, primeiro porque não tem ninguém na rua, as escolas e faculdades não abriram, e eles eram uma boa parte do público, segundo porque tem o risco do contágio desse coronavírus. Perdemos mais de 50% do nosso lucro. Antes, saindo de casa as 7h e voltando às 22h eu fazia em torno de R$ 650, hoje não faço nem R$ 50”, contou o representante dos motoristas por aplicativo. Dividir o pequeno valor que recebem das corridas com a alimentação da família, a saúde e as despesas do veículo, é a verdadeira dificuldade para eles que tiveram metade da sua única renda cortada devido a pandemia da Covid-19. Keko informou também que andam com álcool em gel dentro do carro e não estão aceitando passageiros que não usem as máscaras. Ele conta que alguns ainda insistem mas eles não cedem. Além do uso de máscaras os vidros do carro permanecem sempre abaixados, segundo ele, para fazer o vento circular e não se arriscarem tanto.

TAXISTAS

A situação não muda muito para essa classe, que mesmo antes da pandemia já vinha sofrendo com a diminuição do trabalho devido as corridas por aplicativo, como conta o presidente do Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintaxi/AL), Ubiraci Correia. “A situação está realmente complicada para a nossa classe. Quem vive somente do que o táxi dá não vai conseguir sobreviver durante esse período. As pessoas nos chamam quando precisam de táxi e já que ninguém está saindo, não tem como manter”, informou o presidente. No que tange aos cuidados com a higiene e saúde, segundo Ubiraci Correia os taxistas de Maceió estão tomando os devidos cuidados e semelhante aos motoristas por aplicativo, andam com álcool em gel no carro. O uso de máscaras, tanto pelo passageiro, quando pelo motorista também é obrigatório para eles.

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