O governo federal reintegrou quatro profissionais de Cuba para atuarem no programa Mais Médicos em municípios alagoanos, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18). De acordo com o documento, os médicos atuarão nos municípios de Água Branca, Colônia Leopoldina, Igreja Nova e União dos Palmares. Os quatro profissionais de saúde selecionadas foram inscritos no edital do Ministério da Saúde de 26 de março, para chamamento dos profissionais residentes no Brasil depois do rompimento da cooperação internacional com Cuba, em novembro de 2018. Essa lista foi a primeira a ser divulgada neste edital e outros dois ainda estão em análise pelo governo federal. Conforme a portaria, os quatro médicos já se apresentaram nos municípios em que atuarão. A última apresentação aconteceu na segunda-feira (11). Em todo o País, 157 médicos cubanos foram reintegrados ao programa do governo federal, segundo a portaria. O contrato tem previsão de dois anos, sem prorrogação. Os estados com maior número de médicos cubanos aprovados são Bahia (41); Ceará (39) e Maranhão (21); seguido por Goiás (18), Acre (11) e Amazonas (10). Os estados com menor número de médicos inscritos e aprovados são Espírito Santo (6) Alagoas (4), e Minas Gerais (3). No DF, foram aprovados 4 médicos cubanos. O Ministério da Saúde estima um total de R$ 1,4 bilhão em investimentos, e que esses profissionais poderão atuar em mais de uma unidade de saúde, o que deverá ser organizado pelas respectivas secretarias de saúde dos municípios. Em março, o Ministério da Saúde informou que 7.167 médicos já haviam se inscrito no edital do Mais Médicos para o Brasil aberto para reforçar as equipes de saúde em função da epidemia do novo coronavírus (Covid-19). A previsão anunciada foi de que até cinco chamadas seriam feitas, sendo que médicos cubanos poderão ser convocados após a terceira chamada. Antes de os médicos cubanos serem dispensados, o Mais Médico chegou a estar presente em 70 municípios alagoanos - 47 deles tinham profissionais de Cuba. Ao todo, 231 profissionais atuavam em Alagoas, sendo 127 deles, cubanos. Em três municípios – Pariconha, Porto Real do Colégio e São Sebastião – os médicos atuavam em Distritos Sanitário Especial Indígena (DSEI).