Devido ao risco de contágio do novo coronavírus, o isolamento social se torna cada vez mais necessário para parar a disseminação da doença, que já passa dos 6 mil casos em Alagoas. No Estado, o domingo, de acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur/AL), representa o dia onde a taxa de isolamento social é maior, chegando na marca de 60%, superando a média de 45% atingida nos demais dias da semana. No último domingo (24), o Estado ficou na 5ª posição do País em índice de isolamento social e atingiu a porcentagem de 56,24%. Desde o início do monitoramento, em março, após a aplicação do decreto estadual, os números vêm mantendo uma média semanal de 40 a 45%. De acordo com o secretário de turismo, Rafael Brito, esses dados indicam uma importante adesão da população às recomendações de isolamento para evitar a disseminação da Covid-19. Os números mostram que no domingo, a diferença, em comparação aos demais dias da semana, é enorme, colocando o estado na 5ª posição do país em índice de isolamento social. Segundo a assessoria de comunicação da Sedetur, os dados são contabilizados a partir do monitoramento inteligente do Governo do estado, disponibilizado gratuitamente pela empresa In Loco. Esses índices se baseiam nos dados de 648.400 celulares da população. A tecnologia apenas íntegra usuários que voluntariamente tenham instalado aplicativos parceiros da In Loco, dando permissão para a coleta de dados informada na Política de Privacidade. Os casos confirmados de Covid-19 em Alagoas já passam da marca de 6 mil casos e os óbitos já ultrapassam a faixa de 315 casos. O aumento do número mostra a importância do isolamento neste momento, segundo o secretário de turismo, Rafael Brito. “Muito importante a conscientização do momento que estamos vivendo. É hora de contribuir para o isolamento social para não aumentar a disseminação do vírus, ultrapassando a capacidade da rede pública e privada de saúde de atender tantos casos”, disse. INFECTOLOGISTA O Brasil atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é um dos epicentros da Covid-19, mostrando a necessidade do aumento do isolamento social, de acordo com o infectologista Marcelo Constant. “Estamos passando por uma situação nunca antes vivida, de uma mutação de vírus ainda não estudada até o momento, e ele não tem vacina, então, o melhor remédio para o momento que estamos vivendo é o isolamento social”, contou o infectologista. Ainda de acordo com Marcelo Constant, o pico da doença ainda não está próximo, e se as pessoas não se conscientizarem, os casos crescerão gradativamente. “Muitos ainda acham que nada está acontecendo, mesmo como o número de infectados que temos em Alagoas e no Brasil. Não é incomum, mesmo com a vigência do decreto estadual de isolamento, que vejamos, por exemplo, grupos de jovens reunidos jogando futebol. Enquanto esse perfil não mudar, os casos não irão diminuir”, pontuou. Constant reforça que outros países que seguiram as recomendações de seus órgãos públicos de saúde e aderiram realmente ao isolamento, o pico da doença foi contornado e os casos começaram a diminuir. Ele diz que o exemplo deve ser seguido no Brasil para que consigamos diminuir as perdas, que já ultrapassam a faixa dos 20 mil. CONTÁGIO O infectologista explica ainda, para aqueles que acham que o isolamento não é efetivo, que uma pessoa infectada pelo coronavírus possui a capacidade de infectar, através de gotículas e de superfícies contaminadas, de três a quatro pessoas. Ele reforça que, quanto mais pessoas estiverem na rua, mais chances de contágio da Covid-19, e diz que nesse momento, a hora é de ficar em casa e respeitar a quarentena.