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Nº 5897
Cidades

MS CONFIRMA MAIS UM CASO DE COVID-19 EM ALDEIAS INDÍGENAS

Ministério confirmou primeira morte de um índio da região de Alagoas e Sergipe; vítima tinha 56 anos e era da etnia Kariri-Xocó

Por Nealdo | Edição do dia 05/06/2020 - Matéria atualizada em 05/06/2020 às 06h00

Alagoas registrou mais um caso positivo de Covid-19 entre as tribos indígenas do Estado, segundo boletim divulgado na noite de quarta-feira (3), pela pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. Com isso, os números da doença subiram de cinco - registrado na segunda-feira (1), para seis.

Pela primeira vez, o governo federal confirmou a primeira morte de um índio nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) de Alagoas e Sergipe. O óbito já vinha sendo denunciado havia pelo menos um mês, pela Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib). Segundo a entidade, trata-se de um índio de 56 anos, da etnia Kariri Xocó que e morava na aldeia do mesmo nome, no município de Porto Real do Colégio.

De acordo com os dados do governo federal, atualmente há sete casos suspeitos de Covid-19, enquanto treze já foram descartados. O levantamento mostra ainda que há três índios infectados e uma cura. Segundo o Ministério da Saúde, os distritos indígenas atendem uma população de 13 mil índios distribuídos em 29 aldeias espalhadas por 10 municípios - nove deles em Alagoas, onde a população é formada por 10.771 índios de 11 etnias, a maioria situada no Alto Sertão e Baixo São Francisco, segundo um estudo sobre as comunidades indígenas de Alagoas. Em todo o País, segundo os dados do Ministério da Saúde, há 1,6 mil casos confirmados de Covid-19 entre a população indígena. Além disso, outros 392 casos estão sob suspeitas. O número de mortes até agora, segundo os dados, é de 59 casos. Segundo a Apib, no entanto, os números de Covid-19 nas aldeias indígenas brasileiras estão sendo subestimados. A coordenadora da Apib, Sonia Guajajara, ressalta que a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) - órgão do Ministério da Saúde responsável pelo balanço em tribos indígenas - faz uma seleção de quem eles acham que é indígena e quem não é. “Então, eles não registram indígenas que estão em contexto urbano”, enfatiza ela. “A própria estrutura da Sesai, sem atendimento próximo a algumas aldeias, faz os indígenas irem para os municípios. Lá, eles entram na contagem normal do Município, sem ser considerados indígenas com Covid-19”, disse Guajajara. Em nota, o Ministério da Saúde diz que desde janeiro a Sesai elaborou documentos técnicos para orientar povos indígenas, gestores e colaboradores sobre medidas de prevenção e de primeiros atendimentos à infecção pelo coronavírus.

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