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Nº 5897
Cidades Mais de 16 mil casos de coronavírus foram notificados pela Sesau só no interior de AL

AMA COBRA MAIS AÇÕES DO GOVERNO CONTRA AVANÇO DA COVID-19

Preocupação da entidade é com os casos da doença nos municípios do interior do estado, que têm estrutura precária de atendimento

Por regina carvalho | Edição do dia 24/06/2020 - Matéria atualizada em 24/06/2020 às 06h00

Com uma taxa de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de cerca de 80%, o interior dispõe de menos de cem vagas para os pacientes mais graves infectados pelo novo coronavírus. Do total de 1,1 mil leitos exclusivos disponibilizados em Alagoas para tratamento de pacientes com a Covid-19, pouco mais de 400 estão fora de Maceió. Dos cerca de trinta mil casos confirmados do novo coronavírus em Alagoas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mais de 16 mil foram notificados em municípios do interior. “Falta de respiradores e de medicação para uso em UTI é um problema no Brasil inteiro. Leitos em hospitais públicos também ainda preocupa. O vírus chegou com força no interior e é imprescindível que as autoridades sanitárias ofereçam segurança à população nesse processo de reabertura. A ajuda do governo do Estado tem ajudado os municípios, mas ainda não é suficiente”, declarou a presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeita Pauline Pereira. Para Rodrigo Buarque, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), os municípios estão se preparando para garantir uma assistência mínima aos pacientes. “Porém, os hospitais de maior complexidade encontram-se nas cidades maiores. E implantar leitos de maior complexidade exige outras coisas além do leito, como por exemplo recursos humanos especializados, boa cobertura laboratorial e de exames complementares e rede de medicamentos especializados”, declara. Segundo o presidente do Cosems, o governo agiliza formas de garantir leitos e exames de imagem em todo o estado com incentivos financeiros, oportunizando que hospitais de pequeno porte possam também disponibilizar leitos para tratamento da Covid-19 para mitigar a superlotação dos grandes centros. “Se é suficiente, a curva de crescimento dos casos é que irá nos demonstrar. Não depende apenas do setor de Saúde o controle da curva de crescimento de casos. A efetivação das medidas de distanciamento social requer a integração de outras secretarias, como por exemplo a Assistência Social, Educação e Segurança Pública”, avalia Buarque. Em matéria publicada no portal da Associação dos Municípios Alagoanos, a presidente da entidade, Pauline Pereira, defende a reabertura econômica de forma segura, gradativa e planejada considerando as especificidades de cada setor. A prefeita disse, também, que a volta à normalidade não depende apenas de gestores mas, principalmente, da conscientização da população em seguir as normas sanitárias, como o uso de máscaras, por exemplo.

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