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4 BAIRROS POBRES LIDERAM RANKING DE LETALIDADE DA COVID-19 EM MACEIÓ

Jacintinho e Benedito Bentes apresentam o maior número de casos fatais da doença em Maceió

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Maceió, 02 de junho de 2020  
Feira livre do Jacintinho, está na liderança em contágio com a movimentação dos moradores que não estão comprindo o isolamento na região do bairro em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
Maceió, 02 de junho de 2020 Feira livre do Jacintinho, está na liderança em contágio com a movimentação dos moradores que não estão comprindo o isolamento na região do bairro em Maceió. Alagoas - Brasil. Foto: ©Ailton Cruz -

Com um número similar de casos confirmados, bairros nobres e pobres se distanciam no acesso à saúde e taxa de letalidade O ranking de casos de Covid-19 na capital alagoana é liderado pelos bairros do Jacintinho e Benedito Bentes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas (Sesau). Em seguida vêm os bairros de Jatiúca e Ponta Verde. Apesar da proximidade em números, os primeiros têm uma taxa de letalidade equivalente ao dobro dos bairros nobres. Os quatro líderes no ranking de óbitos são bairros pobres: Benedito Bentes (43), Jacintinho (38), Clima Bom (32) e Ponta Grossa (31). Juntos, eles correspondem à 25,89% das 556 mortes por Covid-19 na capital registradas até quarta-feira. A taxa de letalidade da doença no Benedito Bentes é de 4,69%, de acordo com dados disponibilizados nesta quinta-feira (25). Já na Jatiúca, que fica uma posição atrás no ranking de contágio, a doença tem letalidade de 2,38% - quase metade. No Jacintinho a taxa é de 3,5%, acima dos 2,55% da Ponta Verde. Destacam-se os números do Clima Bom, com uma taxa de letalidade de 6,5% e um número de casos (486) menor do que o averiguado em outros bairros com um número de óbitos similar, e do Vergel do Lago (400), com 7,25% dos infectados indo à óbito. 330 dos casos registrados estão marcados como ‘não identificado’ e não tiveram o bairro registrado. O cálculo da taxa de letalidade é feito por meio da proporção entre o número de óbitos e de casos constatados dentro de determinada comunidade. Se em um local existem 100 casos e o número de mortes é de 15, calcula-se uma taxa de letalidade de 15% para a doença. Os números da taxa de letalidade dos bairros individuais, que ajudam a medir quantitativos como acesso à saúde, não são fornecidos pela Sesau, e foram feitos pela Gazeta de Alagoas. A resposta do governo Estadual para o crescimento no número de casos em bairros pobres da capital, segundo nota da Sesau, é o policiamento ostensivo. Segundo a pasta, “abordagens, rondas e operações realizadas diariamente pelos batalhões da Polícia Militar em conjunto com a Polícia Civil, Guarda Municipal e órgãos de vigilância orientam cidadãos desfazem pontos aglomeração e notificam estabelecimentos comerciais que violam as medidas de funcionamento e distanciamento social”. Os infratores podem ser alvo de sanções penais e administrativas como multa, apreensão, interdição e o emprego de força policial, bem como, serem responsabilizados civil e penalmente, pela caracterização de crime contra a saúde pública, tipificado no art. 268 do Código Penal e Civil. As multas podem variar entre R$5 mil (pessoa física) e R$50 mil (pessoa jurídica) por dia. Segundo a pasta, são recebidas em média 250 reclamações de descumprimento do decreto de isolamento social por semana através dos números 190 e 181.

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