app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Cidades Mosquito sucking blood on human skin with nature background

SESAU REGISTRA QUEDA DOS CASOS DE DENGUE, ZIKA E CHICKUNGUNYA

Para secretaria, isolamento social contribuiu para a redução dos números, mas pode estar havendo subnotificação

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 08/07/2020 - Matéria atualizada em 08/07/2020 às 06h00

O aumento dos casos de Covid-19 em Alagoas nos últimos três meses fez diminuir em parte a procura e por consequência o registro, de casos de dengue, zika e chikungunya nas unidades de saúde. Como a principal orientação para a população é a permanência em casa por causa dos riscos de contágio do coronavírus, mesmo com um inverno mais rigoroso, possível aumento da proliferação do mosquito, os números estão abaixo dos registrados em 2019. É o que aponta o panorama atualizado de arboviroses em Alagoas, apurados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde - Sinan. Num breve levantamento de janeiro a junho deste ano, apenas a dengue continua com casos elevados, mas ainda assim muito abaixo dos notificados no ano anterior. Em 2019, foram registrados 5.693 casos de dengue, enquanto no mesmo período deste ano, até o momento, só entraram no sistema 889 notificações. Os casos de chikungunya vêm em segundo com o número de queda. De janeiro a junho do ano passado foram notificados 459 casos, contra apenas 21 no mesmo período deste ano. Quanto à zika, o registro foi ainda menor. Enquanto 2019, de janeiro a junho, foram 205 casos, no mesmo intervalo este ano apenas 9 casos foram computados pelos técnicos e incluídos no Sinan.

CUIDADOS

Porém, engana-se quem pensa que o momento é para relaxar. Segundo Diego Hora, gerente de vigilância e controle das doenças transmissíveis, reconhecidamente a pandemia acabou por contribuir para a queda dos números, mas não do desaparecimento da doença. “Quando olhamos os dados do ano anterior para as arboviroses urbanas, percebemos que há diminuição significativa, entretanto, com a decretação da pandemia em março e a orientação de que as pessoas deveriam permanecer em casa, pode ter sido um fator contribuinte para a redução do número de casos”, explicou Diego.

Na prática pouca procura, o que gera a subnotificação, também é reflexo da falta de suspeição de casos por parte dos profissionais, com a respectiva diminuição dos registros. Mas já foi confirmada a circulação do mosquito, bem como foi evidenciado o sorotipo circulante da dengue 1.

“Por conta disto, devemos redobrar os cuidados domiciliares em especial no armazenamento de água para o consumo humano, nosso maior ponto focal de infestação e proliferação do mosquito transmissor”, completou Diego. O trabalho dos agentes de endemias, feito na ponta, ou seja nas residências e locais de contágio ele continua, porém, precisou sere readaptado por causa do momento de emergência sanitária vivido no Estado. Agora, o trabalho de campo intradomiciliar, que ocorria dentro das residências, passou a ser peridomiciliar, sem o acesso do técnico aos domicílios. Por causa dessas especificidades e a necessidade de continuar atento ao combate e à prevenção, a Sesau tem realizado webconferências nas 10 regiões sanitárias de saúde do Estado. Além disso, tem sido intensificada a manutenção de apoio e cooperação para os municípios que se encontram em situação de alerta, com monitoramento diário para identificação de possíveis surtos.

Mais matérias
desta edição