Informe epidemiológico sobre o avanço do novo coronavírus em Maceió aponta que, do total de óbitos, quase 53% eram pardos, mais de 10% brancos e mais de 3% negros. Ou seja, do total de mortes pela Covid na capital - que se aproxima de 800 - mais de 400 vítimas eram pardas e negras. Os dados sobre raça e cor passaram a ser relatados desde o dia 8 de maio. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dessa sexta-feira (14) confirma um total de 71.232 casos do novo coronavírus em Alagoas, 65 mil pacientes estão recuperados da doença e 1.732 óbitos por Covid-19. Das mortes confirmadas nas ultimas horas, cinco vítimas eram residentes em Maceió, sendo uma mulher e quatro homens. Sobre os casos confirmados em Maceió, mais de 46% são pacientes pardos, 15% brancos e mais de 3% negros. Maceió tem, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mais de 24 mil notificações da doença e perto de 800 óbitos pela Covid-19. Ainda de acordo com o monitoramento feito pela prefeitura, mais de 30% das vítimas que morreram após infecção pelo novo coronavírus tinham diabetes mellitus, mais de 22% eram hipertensos e quase 15% cardiopatas, praticamente o mesmo percentual de pessoas sem comorbidade ou que não relataram problemas de saúde. Um dado que chama a atenção é que quase 78% dos pacientes que tiveram diagnóstico confirmado não têm comorbidade ou não declararam doenças pré-existentes e quase 10% têm problemas cardíacos. Após cobrança feita pelo Instituto Negro de Alagoas (INEG/AL) e recomendação do Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) passou a disponibilizar no boletim epidemiológico informações sobre grupos étnico-raciais, que tiveram diagnóstico confirmado no novo coronavírus.