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Nº 5868
Cidades

FAMÍLIAS DE PRESOS FAZEM NOVa VIGÍLIA E PEDEM VOLTA DAS VISITAS

Familiares de presidiários realizaram uma vigília durante toda a madrugada desta segunda-feira (31), na frente do Complexo Penitenciário de Alagoas, na Cidade Universitária, em Maceió. O ato faz parte de uma séries de 15 protestos que vêm sendo realizados

Por Pâmela de Oliveira | Edição do dia 01/09/2020 - Matéria atualizada em 01/09/2020 às 06h00

Familiares de presidiários realizaram uma vigília durante toda a madrugada desta segunda-feira (31), na frente do Complexo Penitenciário de Alagoas, na Cidade Universitária, em Maceió. O ato faz parte de uma séries de 15 protestos que vêm sendo realizados com o objetivo de pedir pela pela volta das visitas e entrega de feira para os apenados. Com cerca de 30 presentes, a vigília teve início à meia noite e seguiu durante toda a madrugada, com os familiares se revezando em momento de oração pelos apenados. Segundo os familiares dos presidiários, o ato aconteceu em resposta a uma declaração do Sindicato Policiais Penais de Alagoas (Sindapen), que afirmava que o sistema prisional de Alagoas está próximo do colapso. Segundo Jackeline Queiroz, representante do grupo de familiares, estas declarações têm provocado medo entre eles. “A vigília aconteceu como uma resposta a essa declaração, que acabou causando um pavor entre nós, familiares. Temos medo de acontecer algo mais grave, como uma rebelião. Já estamos há três meses pedindo o retorno das visitas, já são cerca de 15 protestos, a vigília vem como um pedido de socorro”, disse Jaqueline.

PROIBIÇÃO

As visitas aos presídios de Alagoas estão proibidas há cerca de 4 meses, quando teve início a pandemia do novo coronavírus. Desde então, o contato entre familiares e presos foi restrito ao projeto “Uma Carta Para Você”, em que os agentes recebem e-mails das famílias e imprimem para que os reeducandos possam ler e responder.

AGENTES

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL), Kleyton Anderson, além do risco de contaminação caso haja um retorno, os policiais reivindicam seus direitos que não estão sendo respeitados. “O nosso foco é em relação a pauta da ata que foi acordada em outubro de 2019 e não está sendo cumprida pelo governo. A ata garantia realização de concurso público, auxílio alimentação e transformação de horas extras em Serviço Voluntário Remunerado (SVR)”, disse o vice-presidente do sindicato. Kleyton Anderson contou também que, os policiais penais não retornarão as atividades até que a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) entre em contato com as negociações, uma vez que, segundo ele, a secretaria não está se pronunciando sobre o assunto. “Só exigimos, basicamente, o cumprimento da ata assinada pelo próprio governo. Algo que eles se comprometeram a fazer”, pontuou. Em nota, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informou que tem procurado resolver todos os pleitos dos policiais penais, respeitando as possibilidades financeiras do estado. Em relação ao concurso da categoria, a Seplag reforçou que, por conta da situação de emergência pela qual o estado vem passando, a realização dos certames foi paralisada em Alagoas. Entretanto, a pasta salienta que, a depender da estabilização da crise da pandemia do coronavírus, a expectativa é que já no começo do ano que vem seja possível iniciar os concursos que estão previstos de serem realizados.

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