Os alagoanos estão mesmo relaxando em relação aos cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Dados da Pnad Covid-19, divulgada nessa quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que um número menor de pessoas se manteve isolado, evitando saídas e encontros com parentes e amigos, no mês de agosto. De acordo com a pesquisa, o percentual das pessoas que adotaram medidas mais restritivas de isolamento neste período chegou a 70,4%, o equivalente a 2,35 milhões milhões de pessoas. Em julho, esse percentual foi de 78,6% (2,63 milhões de pessoas). Consequentemente, houve aumento no contingente de alagoanos que flexibilizou os contatos com parentes e amigos. Em agosto, 29,2% (979 mil pessoas) afirmaram não ter feito nenhuma restrição ou ter reduzido contato mas, ao mesmo tempo, continuado saindo de casa e/ou recebendo visitas. Essa taxa no mês de julho era de 20,9% (699 mil).
A comparação para esses indicadores só pode ser feita entre os meses de julho e agosto, visto que seis novos temas relativos à pandemia foram introduzidos no questionário a partir de julho, entre os quais está o indicador relacionado às medidas de restrição de contato adotadas.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A pesquisa do IBGE também mostra que, no mês de agosto, houve um aumento na taxa de desocupação em Alagoas, que saiu de 15,7% para 16,4%, deixando o estado com a sexta maior taxa percentual do país nesse indicador. Bahia (18,1%), Maranhão (18,1%), Amazonas (17,9%), Amapá (17%) e Rio Grande do Norte (17%) ficaram à frente. A taxa de desocupação é o percentual de pessoas desocupadas, na semana de referência, em relação às pessoas na força de trabalho, que compreende o grupo de pessoas ocupadas e desocupadas em determinada população. As pessoas desocupadas, por sua vez, são aquelas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência, ou seja, pressionaram o mercado. Da mesma forma, consideram-se desocupadas aquelas pessoas que já haviam conseguido trabalho e iriam inicia-lo após a semana de referência. Em números absolutos, Alagoas registrava 169 mil pessoas desocupadas em julho, contingente que passou a ser de 183 mil em agosto, o que representa um grupo de 14 mil pessoas a mais procurando emprego de forma efetiva sem, no entanto, consegui-lo. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas em Alagoas aumentou de julho para agosto (de 909 mil para 928 mil), da mesma forma que o nível da ocupação (de 34,9% para 35,7%). Realizadas todos os meses desde maio, a Pnad Covid é uma pesquisa amostral realizada em parceria com o Ministério da Saúde. Em Alagoas, a amostra contempla mais de cinco mil domicílios em 88 municípios.