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Nº 5868
Cidades Para fugir dos preços altos dos supermercados, consumidores estão optando pelo Mercado da Produção

POR PREÇO BAIXO, CONSUMIDOR BUSCA MERCADO DA PRODUÇÃO

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Por Pâmela Oliveira | Edição do dia 09/10/2020 - Matéria atualizada em 09/10/2020 às 06h00

/Para fugir dos preços altos dos supermercados, consumidores estão optando pelo Mercado da Produção

A alta em itens de produtos de primeira necessidade nos supermercados tem sido uma preocupação recorrente nos lares alagoanos. Consumidores estão voltando a movimentar os corredores do Mercado da Produção, no bairro da Levada, em Maceió, a procura de preços mais acessíveis. Com isso, o reflexo no aumento das vendas tem sido sentido por comerciantes. A opinião é unânime entre consumidores e vendedores: os preços no mercado da produção estão abaixo dos encontrados nas prateleiras dos supermercados. Mas para Roseane Correia, que trabalha há 32 anos no local vendendo frutas e verduras, este não é um fato novo. No entanto, ela sente que os clientes voltaram a aparecer com mais frequência após a alta de preços. “Sempre tivemos um preço abaixo do que tem nos supermercados, mas ultimamente o movimento com certeza aumentou, as pessoas procuram mais nossos produtos, porque sabem que aqui os preços são mais em conta”, contou Roseane. No setor cerealista do mercado, a diferença na procura foi sentida com maior intensidade, já que itens como o feijão e o arroz, sempre presentes na cesta básica do brasileiro, são um dos que mais tem apresentado alta nos preços praticados em supermercados. Itamar Gomes, que já tem mais de 30 anos de experiência na venda com os itens no Mercado da Produção, contou que os clientes têm comentado a diferença nos preços. “Geralmente, os que procuram nossos produtos, já estão correndo dos preços dos supermercados. Mesmo com o aumento que teve, lá ainda estão muito mais alto do que a gente encontra aqui no mercado”, disse Itamar. Para os clientes, as idas ao mercado à procura de preços mais acessíveis tem acontecido de forma recorrente. O motorista Almir Rocha conta que os valores de proteínas como peixe, frango e carne é o que tem lhe atraído a optar pelas compras no mercado da produção. “Aqui está bem mais em conta que o supermercado. Eu tenho preferido fazer minhas compras aqui e vou continuar voltando pra buscar preços melhores. Fico com receio apenas por conta da aglomeração, prefiro vir durante a semana que tem menos movimentos que no final de semana. Tem muito cliente usando a máscara e eu não compro com vendedores que não estejam usando máscara, então fico mais tranquilo”, disse. A dona de casa Maria Helena contou que não costuma ir muito ao mercado, mas que naquele dia preferiu ir até o local, na procura por preços melhores. “Aqui eu já vi que, apesar de estar ainda um preço um pouco mais alto, ainda está melhor, contou.

Com a retomada dos clientes ao Mercado da Produção, as aglomerações, que já eram comuns no local, passaram a ser mais recorrentes. A preocupação com a contaminação, no entanto, não tem sido grande prioridade entre os comerciantes do local, visto que poucos são vistos fazendo uso da máscara durante o trabalho.

Marcos Eugênio, que trabalha com venda de peixe, afirma que já foi cobrado pelos clientes a utilização da máscara. Ele não fazia uso da proteção no momento da entrevista. “Fico preocupado, mas prefiro não usar, porque a máscara me sufoca”, concluiu.

* Sob supervisão da editoria de Economia

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