Aumentou em 125% o número de alagoanos que não têm respeitado o distanciamento social e nem adotado as medidas de restrição de contato para prevenir a transmissão da Covid-19 em Alagoas. O aumento foi registrado entre julho e setembro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID-19).
De acordo com o instituto, esse grupo de pessoas que não adota medidas de restrição de contato saiu de 74 mil em julho para 167 mil em setembro passado. Em números absolutos, são 93 mil pessoas a mais.
Os números mostram que os homens são maioria, 96 mil, frente 71 mil mulheres. Todavia, percentualmente, a adesão tem crescido mais entre as mulheres. Eram 25 mil em julho e passou para 71 mil em setembro, um crescimento de 184%. No caso dos homens, o aumento foi de 95,9%, tendo em vista que eram 49 mil em julho e 96 mil em setembro.
O IBGE também analisou os dados por faixa etária. Nesse quesito, o maior grupo é o que reúne os alagoanos de 30 a 49 anos, perfazendo um total de 65 mil que não adotam medidas de restrição de contato. No entanto, o maior crescimento registrado entre julho e setembro foi entre os alagoanos de 14 a 29 anos. Eram 23 mil em julho e aumentou para 61 mil em setembro os que não adotavam medidas de restrição de contato. Entre os acima de 60 anos, este grupo cresceu 50%, saindo de 6 mil para 9 mil.
Quando considerado o nível de escolaridade dessas pessoas, o maior grupo é formado pelas que possuem ensino médio completo ou ensino superior incompleto, um total de 67 mil. Já a minoria é formada pelos que têm ensino superior completo ou pós-graduação: 14 mil. O maior aumento percentual entre julho e setembro foi registrado entre os de ensino médio completo ou superior incompleto: 318,7%.
PROCURA POR HOSPITAIS
Outro dado revelado na pesquisa é que, mesmo com os sintomas de Covid-19, entre eles a perda de olfato e paladar, 53% dos alagoanos nessa situação no mês de setembro não procuraram estabelecimentos de saúde. De acordo com o IBGE, dos 26 mil alagoanos que apresentaram os sintomas da doença (perda de cheiro ou sabor ou tosse, febre e dificuldade para respirar ou febre, tosse e dor no peito) no mês passado, 14 mil não procuraram estabelecimentos de saúde. Contudo, segundo o instituto, setembro registrou o menor número de pessoas com os sintomas da Covid-19. Em maio eram 108 mil. A redução entre maio e setembro é de 75,9%. Os números mostram que, na passagem de agosto para setembro, 38 mil alagoanos fizeram algum teste para diagnosticar a Covid-19. Destes, 25 mil (65,7%) eram mulheres e 13 mil (34,2%) eram homens. Até agora, 325 mil alagoanos já se submeteram aos testes, sendo 178 mil mulheres e 147 mil homens. Em relação aos grupos de idade, os testes em crianças de 0 a 9 anos dobraram entre julho e setembro, saindo de 9 mil para 18 mil. Já entre as pessoas acima de 60 anos, os testes ficaram estáveis em 35 mil em agosto e setembro. O grupo que mais testa são os adultos de 30 a 59 anos, 177 mil no total, sendo 5 mil na passagem de agosto para setembro, mesmo quantidade feita pelas crianças de 0 a 9 anos no mesmo período.