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Nº 5868
Cidades

2º TURNO: MDB, PSDB E PODEMOS GANHAM MAIOR NÚMERO DE PREFEITURAS

PT elege apenas 4 dos 15 candidatos do partido que ainda estavam na disputa; das doze siglas que tentaram a reeleição em capitais do País nas eleições deste ano, oito garantiram a vitória

Por Da Redação, com G1 e Folhapress | Edição do dia 30/11/2020 - Matéria atualizada em 30/11/2020 às 04h00

PREFEITOS ELEITOS NAS CAPITAIS NO 2º TURNO

Aracaju (SE): Edvaldo Nogueira (PDT)

Belém (PA): Edmilson Rodrigues (PSOL)

Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)

Cuiabá (MT): Emanuel Pinheiro, (MDB)

Fortaleza (CE): Sarto Nogueira (PDT)

Goiânia (GO): Maguito Vilela (MD)

João Pessoa (PB): Cicero Lucena (Progressistas)

Joinville (SC): Adriano Silva (Novo)

Maceió (AL): JHC (PSB)

Manaus (AM): David Almeida (Avante)

Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB)

Porto Velho (RO): Hildon Chaves (PSDB)

Recife (PE): João Campos (PSB)

Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (DEM)

São Luís (MA): Eduardo Braide (Podemos)

São Paulo (SP): Bruno Covas (PSDB)

Teresina (PI): Dr. Pessoa (MDB)

Vitória (ES): Delegado Pazolini (Republicanos)

DA REDAÇÃO

COM G1 E FOLHAPRESS

O MDB foi o partido que mais conquistou prefeituras no 2º turno destas eleições. Foram 10 vitórias. Depois aparecem PSDB e Podemos, com oito e seis prefeitos, respectivamente. Já o PT ficou como o maior derrotado pois perdeu 11 das 15 disputas de que participava neste domingo (29). Os prefeitos eleitos pelo MDB devem comandar as prefeituras de capitais como Porto Alegre (RS), Teresina (PI), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO). Depois do MDB, os partidos PSDB e Podemos conquistaram mais prefeitos neste domingo (29). O PSDB comandará as capitais São Paulo (SP) e Porto Velho (RO), além de municípios como Santa Maria (RS), Ribeirão Preto (SP), Praia Grande (SP), Governador Valadares (MG) e Pelotas (RS). Sete partidos que concorriam no 2o turno não elegeram ninguém: PSL, PSC, Cidadania, PTB, PL, PCdoB e Rede. Já o partido Novo conseguiu eleger um prefeito pela primeira vez: Adriano Silva, em Joinville (SC). Patriota, PROS, PSOL e Solidariedade também conquistaram uma prefeitura cada. Assim como no primeiro turno destas eleições, o resultado deste domingo mantém o MDB como o partido que lidera mais prefeituras. Apesar disso, a sigla registrou quedas no número de vitórias em comparação com 2016.

REELEIÇÃO

Dos doze prefeitos que tentaram a reeleição em capitais do país nas eleições de 2020, oito garantiram a vitória e conseguirão permanecer no cargo por mais um mandato, a partir do próximo ano.Quatro candidatos à reeleição não foram eleitos. Do total, cinco prefeitos já tinham ganhado as eleições no primeiro turno. Apenas três dos cinco que tentavam a reeleição no segundo turno, neste domingo (29), ganharam a disputa.

DE VIRADA

Das 57 cidades com segundo turno nas eleições municipais neste domingo, 17 registraram uma “virada” na urna. Em 30% das cidades com disputa, o candidato vencedor do 2º turno não foi o que obteve mais votos no primeiro. Das 17 cidades, três são capitais: Cuiabá (MT): Emanuel Pinheiro teve 30,65% dos votos no primeiro turno e 51,15% no segundo; Maceió (AL): JHC teve 28,56% dos votos no primeiro turno e 58,64% no segundo; Manaus (AM): David Almeida teve 22,36% dos votos no primeiro turno e 51,27% no segundo.

PT

Das 15 cidades em que disputava o 2º turno, o Partido dos Trabalhadores (PT) foi derrotado em 11. A legenda só conseguiu eleger os prefeitos de Juiz de Fora (MG), Contagem (MG), Diadema (SP) e Mauá (SP). O partido era o que tinha mais candidatos na disputa neste 2º turno. Entre as quatro cidades em que elegeu prefeitos, a vitória mais expressiva do partido foi de Margarida Salamão, que obteve 54,9% dos votos e venceu o candidato do PSB, Murilo Felix. Uma das maiores derrotas neste 2º turno ocorreu em Recife, onde Marília Arraes (PT) disputava com João Campos (PSB), eleito com mais de 56% dos votos. O ex-ministro Pepe Vargas, que participou do governo da presidente Dilma Rousseff, foi derrotado na disputa pela Prefeitura de Caxias do Sul. Pepe perdeu para o candidato do PSDB, Adiló, que obteve mais de 59% dos votos. Se comparado com o total de prefeituras conquistas pelo partido em 2016, esta foi a baixa mais significativa do Partido dos Trabalhadores. Em 2008, a legenda conseguiu eleger 360 prefeitos em todo país. Quatro anos depois, passou para 555. Na eleição de 2012, o PT voltou a apresentar crescimento no total de prefeituras, com 637. Em 2016, o partido perdeu em diversas cidades, ficando com apenas 254 prefeituras. Neste ano, o partido termina a eleição com 183 prefeituras, menor número em 16 anos. Com a derrota nas urnas neste ano, o PT ocupa a 11ª posição entre os partidos considerando o número de prefeituras.

BOLSONARO

Os dois candidatos a prefeito apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro que disputavam o 2º turno na eleição deste domingo (29) saíram derrotados das urnas. Crivella (Republicanos), no Rio, e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza, não se elegeram. Na reta final da campanha eleitoral, Bolsonaro fez “lives” no Palácio Alvorada para pedir votos para 13 candidatos a prefeito, além de outros candidatos a vereador e uma candidata ao Senado por MT (o estado teve eleição suplementar para a vaga aberta após a cassação de Selma Arruda, no ano passado).

MULHERES

Apenas uma de 25 capitais brasileiras será governada por uma mulher: Palmas (TO), onde Cinthia Ribeiro, do PSDB, se reelegeu no primeiro turno. Em Rio Branco (AC), a apuração começou mais tarde devido ao fuso horário e ainda não terminou. A situação é a mesma de 2012 e de 2016, quando Teresa Surita foi a única mulher a vencer uma prefeitura de capital por Boa Vista (RR) nas duas eleições. Das 13 capitais com disputa de segundo turno, apenas cinco tinham mulheres na disputa: Delegada Danielle (Cidadania) em Aracaju (SE): teve 42,14% dos votos e perdeu para Edvaldo (PDT); Manuela D’ávila (PC do B) em Porto Alegre (RS): teve 45,42% dos votos e perdeu para Sebastião Melo (MDB); Marília Arraes (PT) em Recife (PE): teve 43,76% dos votos e perdeu para João Campos (PSB); Cristiane Lopes (PP) em Porto Velho (RO): teve 45,54% dos votos e perdeu para Hildon Chaves (PSDB). Essa é a terceira eleição municipal com a vigência da lei 2.034/2009, que estabelece que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo”.

RECIFE

João Campos, do PSB, foi eleito prefeito do Recife para os próximos quatro anos. Aos 27 anos, ele é o mais jovem a se eleger prefeito na cidade. Segundo a Justiça Eleitoral, João – que é filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos – obteve 447.913 votos, que representaram 56,27% dos válidos. Marília Arraes (PT), que é prima do candidato adversário, obteve 348.126 votos, ou 43,73%.

FORTALEZA

Sarto Nogueira (PDT) foi eleito prefeito de Fortaleza com 51,69% dos votos válidos, derrotando Capitão Wagner. Sarto fez uma ampla coligação no 1º turno das eleições 2020 e ampliou a aliança no segundo, após atrair os candidatos derrotados. O prefeito eleito teve como principais apoiadores Cid e Ciro Gomes. Capitão Wagner foi o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro em Fortaleza.

RIO

O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), 51, venceu a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro com 64% dos votos válidos e volta a comandar a cidade que governou entre 2009 e 2016. Ele venceu o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos). Paes vai assumir em 1º de janeiro de 2021 o município numa situação distinta do que administrou por oito anos, atualmente com baixa capacidade de investimento e sem uma Olimpíada para justificar o repasse volumoso de recursos federais. O cenário fez com que o prefeito eleito vencesse tendo como principal mote de campanha melhorar a prestação de serviços, principalmente na saúde e transporte.

SÃO PAULO

Bruno Covas (PSDB), 40, foi reeleito neste domingo (29) prefeito de São Paulo, para o mandato 2021-2024, com 59% dos votos válidos, contra 40,66% de seu adversário no segundo turno, o líder de movimentos de moradia Guilherme Boulos (PSOL). Por volta das 18h45, o candidato do PSOL ligou para o prefeito reeleito o parabenizando pela vitória. Neste domingo, ao votar pela manhã, Covas prometeu cumprir o mandato de prefeito até o fim caso fosse eleito. “Quero ser reeleito para entregar o cargo no dia 1º de janeiro de 2025”, afirmou. O tucano, que era vice de João Doria (PSDB), chegou ao cargo em abril de 2018, com a renúncia do então prefeito para concorrer ao governo do estado. Embora os dois ainda sejam aliados, o candidato à reeleição escondeu Doria de sua campanha por causa da alta rejeição a ele na cidade. Dos quatro prefeitos que tentaram um novo mandato após a lei que permitiu a reeleição, de 1998, só um até hoje havia conseguido o feito, Gilberto Kassab (à época no DEM, hoje no PSD), em 2008. Covas é o segundo a ser reconduzido ao cargo.

GOIÂNIA

Internado há mais de um mês em um hospital de São Paulo por causa da Covid, Maguito Vilela, do MDB, foi eleito prefeito de Goiânia para o mandato de 2021 a 2024. O candidato derrotou Vanderlan Cardoso, do PSD. Ao fim da apuração, ele teve 52,60% dos votos válidos. Foram 277.497 votos no total. O político foi ao segundo turno e foi eleito sem saber dos resultados das urnas por estar sedado e na UTI.

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