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Nº 5897
Cidades

CNJ CONSTATA ALTO RISCO NO SISTEMA PRISIONAL

Em Alagoas, sistema prisional teve 175 infectados até agora, com três óbitos

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 05/02/2021 - Matéria atualizada em 05/02/2021 às 04h19

A Covid-19, que aprisionou os brasileiros em quarentena e distanciamento social, também tem sido implacável com a população carcerária. A letalidade do vírus não poupou quem vive em constante isolamento e atrás das grades. Os números indicam 65,4 mil casos da doença em todo o País. Os óbitos em Alagoas somam três vítimas, para um universo de 175 infectados, até o início deste mês. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) as estatísticas incluem reeducandos e servidores. Em todo o País, foram 236 mortes registradas sendo, 101 de servidores e 135 de pessoas presas. Até o momento já foram realizados 60.131 testes realizados com servidores e 208.537 entre quem cumpre pena. As mortes, porém, afetaram os servidores que acabaram ficando mais expostos por causa da ligação com o exterior. Enquanto aqui o número é relativamente baixo, em todo o País 31 perderam a vida para a doença, enquanto 4.810 foram infectados, somente no mês de fevereiro, como parte no repique da infecção. O CNJ não indicou nenhuma política específica para a área, deixando claro apenas que era necessária a adoção de medidas sanitárias sob responsabilidade dos estados. A primeira providência foi o isolamento total, com proibição das visitas e até mesmo a entrega de alimentos nas unidades prisionais. Isso contribuiu para o descontrole, mas não evitou o contágio, já que a maioria das unidades tem aglomeração como sendo uma realidade diária. Os dados indicaram também que entre os adolescentes e monitores também não escaparam da contaminação. Em fevereiro tivemos 141 contaminações e só perdemos para o estado de São Paulo, que, no mesmo mês, registrou 410 casos. A região Nordeste apresentou 41,9% dos óbitos do País no sistema socioeducativo, que atende os adolescentes privados de liberdade. A relação é direta com os meses que a doença esteve no seu auge em plena infestação. O monitoramento do CNJ ocorre a cada 15 dias, mas depende do fornecimento de dados de cada estado. A partir do levantamento, é possível afirmar que o ambiente prisional também é de alto risco para quem atua na segurança como para quem precisa prestar contas com a Justiça.

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