Com a pandemia da Covid-19 - que afetou diversos setores do Estado - muitos alagoanos precisaram se reinventar e conseguir novas formas de conseguir o ganha pão, dentro disso, a venda de máscaras foi a solução encontrada por muitos ambulantes, que começaram a sobreviver da venda do material. No centro de Maceió, apesar de as vendas não estarem como no começo da pandemia, muitos ambulantes ainda vendem de 50 a 100 máscaras por dia e já notam um aumento na procura devido ao repique da pandemia e ao retorno das aulas presenciais. Para Robson Lima, ambulante que trabalha no calçadão do centro de Maceió, as vendas estão estabilizadas, mas não igual no começo da pandemia. “Estou até vendendo, muito na verdade. Mas, claro, não é igual no começo da pandemia, por exemplo, que o pessoal comprava de monte. Está dando para se virar, acho que isso é fundamental. Porque assim, querendo ou não, máscaras fazem parte do nosso cotidiano agora”, relatou. “Estou até vendendo em uma quantidade razoável, para o que estava esperando. Normalmente, por dia, vendo em média mais de 50 máscaras e em dias rentáveis pode chegar até a 100, fica variando, porque tem dias que o movimento não é tão alto e a venda é baixa. Agora, por exemplo, que as aulas retornaram, estou vendendo bastante infantis, cerca de 3 por pessoa, e sempre querem coloridas, combinando com o uniforme, explicou. Visando movimentar as vendas, Robson contou que seu estoque de máscaras é variado, justamente pensando em atrair compradores com gostos diferentes. Ele vende as tradicionais neoprene, que costumam sair mais pelo seu preço acessível (R$ 3,00) e as de tecido e modelo 3d, que costumam custar R$ 5,00. Robson também faz promoções para facilitar a venda, como no caso das neoprene, que ele chega a vender quatro por R$ 10,00. Gil, que já é um dos veteranos do centro de Maceió, trabalhando há mais de 40 anos com a venda de variados tipos de produtos, também se rendeu à venda de máscaras e chega a vender mais de 100 unidades por dia. “Aqui eu já vendi de tudo, sandálias, meias, panelas de pressão, guarda-chuvas e tudo que você pode imaginar. Agora vim para as máscaras, porque estavam vendendo bem. Não estamos lucrando tanto quanto no começo da pandemia, mas ainda vendemos mais de 100 por dia”, relatou o ambulante. “Talvez a diminuição na compra seja também por conta da vacina, embora eu ache que as vendas só cairão quanto todo mundo for vacinado. Por conta da volta às aulas também sentimos um bom aumento de vendas, o que é bastante interessante. Estou vendendo agora uma média de 100 unidades por dia, de segunda a sexta-feira e no sábado em torno de 50.” As máscaras de Gil já possuem um preço mais acessível, as de tecido neoprene estão custando até R$ 2, já as de atome estão na faixa dos R$ 5,00, assim como as no modelo 3D. “Lembrando que temos promoções, se o cliente for levar de muitas já damos um abate no preço e ele não fica tão salgado. Tudo depende da conversa na hora de vender”, explicou. Outros ambulantes não possuem o mesmo fluxo de vendas que Gil e Robson, como é o caso da Valquiria Nascimento, que chega a vender de 3 a 5 unidades por dia. “O movimento já foi maior. Lá na metade de 2020 nossas vendas eram melhores, saiam mais, hoje em dia nem tanto, é pouquinho, por isso não vendemos somente máscaras. Normalmente sai de três a cinco unidades por dia”.
* Sob supervisão da editoria de Cidades.