Ao menos mais dois casos de Covid-19 foram registrados em escolas particulares de Maceió nos últimos dias. As vítimas são de estabelecimentos de ensino diferentes. Trata-se de uma professora e de um aluno do ensino médio. Por meio de comunicados, os colégios suspenderam as aulas nas turmas em que os alunos tiveram contatos com os infectados. No caso da professora que foi diagnosticada, a nota da escola conta que ela teve contato com três turmas da educação infantil por dois dias seguidos. Esta semana a Gazeta noticiou os primeiros casos de Covid-19 em escolas particulares da capital. Em Maceió, as aulas da educação infantil da rede privada de ensino foram retomadas no dia 25 de janeiro na maioria das escolas. Já os alunos do ensino fundamental e médio retomaram as aulas presenciais com sistema híbrido de ensino no dia 1º de fevereiro. O presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas (Sinpro/AL), Eduardo Vasconcelos disse acreditar que há subnotificação dos casos em Alagoas. De acordo com ele, muitos professores temem perder os empregos e o medo do fechamento de tudo novamente. O sindicalista conta que já entrou em contato com o Procon Alagoas para que sejam feitas fiscalizações nas unidades de ensino da capital e também acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT/AL) para que possa acompanhar a situação. Vasconcelos defendeu que os professores devem estar no grupo prioritário da vacinação, ele contou que até recebeu confirmação nesse sentido vinda do poder público, mas, segundo ele, o problema é saber quando as vacinas chegarão em quantidade que os atenda. O presidente do Sinpro-AL lembrou que a Covid-19 é classificada como acidente de trabalho e que, por esse motivo, os profissionais infectados devem comunicar às empresas para que elas emitam a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e caso a unidade de ensino não emita o documento o sindicato pode fazê-lo. Mesmo antes do início das aulas na rede pública, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) argumenta que a volta às aulas só deveria ocorrer com a testagem e a vacinação em massa. “No mundo todo, as notícias são iguais e preocupantes: o aumento expressivo de casos devido à volta presencial às aulas”, disse, em nota, a entidade. O sindicato pontua que “mesmo com as escolas, no Brasil, informando que adotam (ou adotarão) todas as medidas de segurança (distanciamento social, uso de máscara, álcool em gel e desinfecção diária), os casos de contaminação continuam crescendo em larga escala”. * Sob supervisão da editoria de Cidades.