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Nº 5897
Cidades

PM REGISTRA 14 CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E UM FEMINICÍDIO

Números se referem a três dias do feriado de Carnaval; num dos casos, mulher era mantida prisioneira

Por Clariza Santos | Edição do dia 16/02/2021 - Matéria atualizada em 16/02/2021 às 04h00

A violência contra a mulher continua crescente. Em três dias do feriadão de Carnaval, mesmo em período de pandemia da Covid-19 e sem festas de rua, a Gerência de Estatística e Análise Criminal (Geinfo), da Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC), registrou um feminicídio, sete Boletins de Ocorrências (B.O.), uma ameaça e seis flagrantes de agressões contra a mulher. Em um dos casos, conforme o boletim de Carnaval do Geinfo, a mulher ficou em cárcere privado, sendo agredida e ameaçada de morte pelo até então companheiro. Militares do Batalhão de Polícia de Guardas (BPRv) foram informados sobre a situação e, chegando ao local, constataram o caso. O suspeito, de 44 anos, inclusive, estava com sinais de embriaguez. Ainda conforme o relatório, todos os casos foram encaminhados para a Central de Flagrantes, localizada no bairro do Farol, em Maceió, onde os suspeitos autuados em flagrante ficaram presos devido à Lei Maria da Penha. Somente no ano passado, o Estado contabilizou o triste número de 35 feminicídios. O número é 20% menor que em 2019, quando foram registradas 44 mortes de mulheres. Apesar disso, os números ainda assustam. Destes, 10 ocorreram na capital alagoana e outros dois no município de Rio Largo, segundo a estatística da Segurança Pública.

VIOLÊNCIA SEXUAL

Segundo dados da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), no ano passado, em Alagoas, 619 casos de violência sexual foram registrados, onde 551 foram com mulheres entre 0 a 60 anos, ou seja, 89% dos casos, e 68 com homens da mesma faixa etária. Dos 619 atendimentos deste ano, em 305 foram comprovados os estupros. O número representa uma diminuição em comparação ao ano de 2019, quando 882 casos foram registrados, contudo, a diminuição se deve a subnotificação por conta da pandemia. O mês com maior incidência de registro de violências sexuais é agosto, com 76 casos, sendo 67 entre pessoas do sexo feminino e 9 do sexo masculino. Dentro desses casos, 16 foram com crianças de 0 a 6 anos; 11 com crianças de 7 a 9 anos de idade; 41 com jovens de 10 a 19 anos; 6 casos na faixa dos 20 aos 59 e dois casos com pessoas acima dos 60 anos de idade. No total dos casos de violência sexual por idade, a faixa etária dos 10 aos 19 anos encabeçam a lista com maior quantidade de registros, totalizando 308 casos somente este ano. A faixa dos 0 aos 6 vem logo depois, com 136 casos e em seguida entra a faixa dos 20 aos 59, com 95 casos; 7 aos 9, com 72, e acima de 60, com sete casos registrados em Alagoas. Ainda segundo os dados, no comparativo entre 2019 e 2020, o mês de janeiro deste ano mostra uma diminuição em comparação a janeiro de 2019, contabilizando 58 casos para os 77 do ano passado, mas foi somente em março, mês em que a pandemia tinha começado e a quarentena tinha sido decretada, que os casos começaram a cair, mostrando, em números, a subnotificação. No mês de agosto, o registro de casos em Alagoas voltou a subir, chegando a 76 registros, simbolizando um aumento de 65% em comparação ao mês de julho, quando 46 atendimentos foram feitos.

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