Após de ter anunciado, no final do ano passado, a assinatura do protocolo de intenção de compra de 1 milhão de doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, o governador de Alagoas disse, durante a entrevista coletiva nessa sexta-feira (19), que o Estado não irá mais adquirir, com recursos próprios, as vacina para imunização dos alagoanos contra a Covid-19. Renan Filho (MDB) alegou que a decisão do governo federal que obriga os estados a doarem parte das doses impossibilita a compra. Por isso, a imunização em Alagoas continuará sendo feita à medida que o Ministério da Saúde (MS) disponibilize mais doses.
Conforme relatou o chefe do Executivo estadual, na reunião realizada nessa quinta-feira, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi informado aos governadores que, caso os estados adquirissem a vacina diretamente com o laboratório fabricante, 98% dessa compra teria que ser doada ao Plano Nacional de Imunização (PNI). Diante dessa realidade, o governo de Alagoas ficaria apenas com 2% do quantitativo de imunizantes. “Nenhum estado brasileiro vai poder vacinar sua população antes de outro. Essa é uma decisão do País. Nesse cenário, se Alagoas adquirir a vacina, teremos que destinar uma parte ao PNI e ficar com uma parcela muito pequena, apenas 2% do que a gente adquirir. Não há razoabilidade de um estado pobre adquirir a vacina e doar 98% e ficar com 2%”, disse Renan.
Ainda na reunião, os governadores sugeriram que empresários do setor privado possam contribuir para a aquisição das vacinas.
MENOS DOSES
O Instituto Butantan informou que apenas um terço das doses previstas para os estados devem ser enviadas, segundo comunicou o governador Renan Filho (MDB) em coletiva na manhã desta sexta-feira (19). Agora, somente três milhões de doses devem ser entregues diretamente aos entes federativos, contra os nove milhões previstos de início. O governador afirmou que a redução no número de doses deve retardar o processo de vacinação em Alagoas. Com isso, ele disse que se reunirá com outros governadores para uma reunião com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, buscando cobrar maior celeridade na atuação federal pela imunização. .