Maragogi foi a cidade alagoana em que os casos de Covid-19 mais cresceram na última semana, alta de 13,6%. Já a Barra de Santo Antônio é o município do Estado com maior taxa de letalidade da Covid-19, com 9,7%. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e foram tabulados por pesquisadores do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Igdema) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). As duas cidades são balneários do Litoral Norte de Alagoas. Na semana pesquisada, que terminou no último sábado (20), Maragogi registrou 99 casos de Covid-19, o quarto maior número entre os 102 municípios alagoanos. Na semana anterior, foram 78 casos. A taxa de infecção a cada 100 mil habitantes também cresceu na passagem semanal, saindo de 2.229,1 para 2.531,8. Em Maragogi, 2,5% da população já foi infectada pelo novo coronavírus. Na Barra de Santo Antônio, ainda na Região Metropolitana de Maceió, o problema é a alta taxa de letalidade, que embora apresente queda, continua sendo a mais alta de Alagoas. Por lá, de cada mil habitantes infectados, 97 não resistem à Covid-19, ou seja, 9,7%. Na semana entre 7 e 13 de fevereiro essa taxa era de 9,9%. A cidade acumulava, até o último dia vinte, 155 casos e 15 óbitos. Os dados tabulados pelos pesquisadores da Ufal mostram que, na última semana, 41 municípios de Alagoas registraram crescimento no número de casos, 32 estavam em estabilidade e 29 em queda. Esse cenário é melhor do que na semana anterior, quando 40 estavam em crescimento, 40 em estabilidade e 22 em redução. Além de Maragogi, os municípios de Poço das Trincheiras (13,2%), Novo Lino (10,2%) e Piranhas (9,2) apresentaram número significativo no aumento de casos na semana. Em todo o Estado, foram 3.548 casos na última semana. A taxa de infecção a cada 100 mil habitantes em Alagoas é de 3.830 e a de letalidade é de 2,28%.
VARIANTE
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou, no último dia 18, a detecção em Alagoas da nova variante brasileira do novo coronavírus, surgida no Amazonas e denominada de P1. A nova variante foi identificada em duas alagoanas das cidades de Viçosa e de Anadia. Nessa segunda-feira (22), a Gazeta mostrou que o número mensal de casos de Covid-19 registrados nestas duas cidades cresceu 78% nos últimos 30 dias.
Entre 20 de dezembro do ano passado e 20 de janeiro deste ano, foram registrados 73 casos em Anadia e 79 em Viçosa. Trinta dias depois, foram registrados 130 casos em Anadia e 141 em Viçosa. O crescimento aferido nas duas cidades está acima da alta registrada no Estado, onde os casos subiram 36% na mesma janela temporal. O percentual também é superior ao de Maceió, que teve alta de 43%.
Em Anadia, a maioria dos casos registrados entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro foi entre os moradores com idade entre 30 e 39 anos, com 31 infectados nessa faixa etária. Em Viçosa, os mais infectados no período foram os jovens de 20 a 29 anos, com 30 casos.
HISTÓRICO
A paciente de Viçosa tem 36 anos e viajou para Manaus (AM) no mês de janeiro, onde permaneceu na capital do Amazonas por quatro dias. Ao retornar da viagem, a paciente apresentou os sintomas do novo coronavírus. O segundo caso é de uma idosa de 64 anos, que não viajou para o Amazonas e não teve contato com nenhuma pessoa do território amazonense ou de qualquer outro Estado brasileiro. Isso mostra que a nova variante P1 do coronavírus está em circulação em Alagoas. O Estado está entre os 17 do Brasil a ter a circulação da nova variante da Covid-19.