O crescente número de casos de Covid-19 em Alagoas pode fazer o governo do Estado retroceder no Plano de Distanciamento Social e colocar em prática novamente o isolamento social para tentar frear o contágio da doença. A nova condição ainda não foi confirmada, mas não foi descartada pelo governador Renan Filho (MDB).
Nesta quarta-feira (24), ele disse que pode endurecer as medidas de isolamento se os hospitais não derem conta da demanda de pacientes. “Se os hospitais não tiverem condições de atender as pessoas, vamos ter que reduzir os índices do adoecimento e isso só é feito com o isolamento, não tem outra regra”, disse. O pedido do governo alagoano é para que os cidadãos continuem com os cuidados e evitem aglomerações, além de usarem máscaras e álcool 70%. O fato é que o número de casos está aumentando a cada semana e isso pode causar um colapso na rede hospitalar tanto pública como privada do Estado. Além disso, a confirmação da circulação da nova variante brasileira pode ser um fator decisivo. Na última semana, o Estado registrou 70 mortes pelo novo coronavírus, uma média de 10 mortes por dia. Este é o maior número de mortes registrado na segunda onda da pandemia em Alagoas. No ano passado, quando o número estava em alta em todo o Brasil, o Estado atingiu o pico de 225 mortes à época. O governo ampliou o número de leitos destinados a pacientes com Covid-19, mais ainda assim o número de internações segue crescendo. Na semana passada, o interior de Alagoas ultrapassou margem de segurança de ocupação de leitos de Covid-19. Os dados foram constatados pelo Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Ufal.
COMPRA DE VACINAS
Na terça-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que estados e municípios podem comprar e fornecer à população vacinas contra a Covid-19. A decisão foi proferida depois de uma uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A medida dos ministros do STF foi autorizada em caso de descumprimento do Plano Nacional de Vacinação pelo governo federal ou de insuficiência de doses previstas para imunizar a população. A liberação também vale para os casos em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não conceda autorização em até 72 horas para uso de imunizantes já aprovados por agências reguladoras de outros países. Com isso, o governador de Alagoas disse que se tiver a vacina à venda, o Estado vai adquirir com recursos próprios.