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Nº 5897
Cidades A primeira morte causada pela Covid-19 em Alagoas foi confirmada em 31 de março de 2020, era uma terça-feira

A CADA 2,6 HORAS, UMA PESSOA MORRE VÍTIMA DE COVID NO ESTADO

Um ano depois de confirmado o primeiro caso da doença em Alagoas, estado tem 3.060 mortes

Por Hebert Borges | Edição do dia 06/03/2021 - Matéria atualizada em 06/03/2021 às 04h00

Domingo, 8 de março de 2020. O vírus que já assolava o mundo desembarcava, literalmente, em Alagoas. Alojado no corpo de um homem de 42 anos anos que regressava da Itália, ninguém esperava que esse inimigo “invisível” viria a matar, em média, um alagoano a cada 2,6 horas. Isso porque, até a última sexta-feira (5), 3.060 alagoanos perderam a vida para a Covid-19. Quando o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado em Alagoas, o Brasil somava 24 infectados por coronavírus. Naquela época, a doença era tida ainda como algo ligado às pessoas mais ricas, tendo em vista que o contágio estava ligado a viagens internacionais, principalmente à Europa. Agora, passado um ano de pandemia, o vírus ficou mais contagioso, mutou, e infectou, em média, um alagoano a cada quatro minutos. Até a última sexta-feira (5), Alagoas contabilizava 134.419 contaminados. As mulheres (57%) são maioria entre as contaminadas. A faixa etária com mais infectados é a de 30 a 39 anos, com 30.855 infectados. No Brasil, a doença já atingiu mais de 10 milhões de pessoas, das quais mais de 261 mil perderam a vida. O avanço da Covid-19 é tão rápido que os dados mudam a todo tempo. A primeira morte causada pela Covid-19 em Alagoas foi confirmada em 31 de março de 2020, era uma terça-feira. A vítima foi um homem de 64 anos, acriano, mas que morava há seis meses no Estado. O homem não tinha registro de viagem recente, o que indicava a transmissão comunitária do coronavírus em território alagoano. A chegada do coronavírus mudou drasticamente a vida das pessoas em todo o mundo. E em Alagoas não foi diferente. Doze dias após a confirmação do primeiro caso no Estado, o governo estadual publicou decreto um de emergência obrigando o fechamento de igrejas, shoppings, bares, restaurantes e outros diversos estabelecimentos comerciais. Aquele foi o primeiro de uma série de decretos que regulavam o funcionamento de todas as atividades no estado. No dia 5 de maio de 2020, o uso de máscaras de proteção se tornou obrigatório em Alagoas após publicação de decreto estadual. Até hoje, esta é uma das principais proteções contra o contágio pelo novo coronavírus. Até agora, o dia mais letal da Covid-19 em Alagoas foi 4 de junho de 2020, uma quinta-feira, quando a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) confirmou a morte de 25 pessoas em 24h. Naquele dia, 1.060 novos casos foram confirmados. Após o pico de casos e mortes, a pandemia começou a recuar em Alagoas. No dia 26 de junho de 2020, o governo do Estado apresentou um documento norteador para reabertura em cinco fases dos setores produtivos, que estavam fechados desde março. As fases foram classificadas nas cores vermelha, laranja, amarela, azul e verde, em que as permissões vão aumentando gradativamente. No dia 3 de julho, Maceió migrou para a fase laranja. Com a reabertura dos setores econômicos, a vida parecia voltar ao normal. No entanto, a aparente normalidade, fez com que muita gente relaxasse nas medidas de proteção. A chegada das datas festivas de final de ano provocou aglomerações de pessoas em todo o Estado, potencializadas pelos milhares de turistas que desembarcaram em Alagoas. Após meses de queda no número de casos e óbitos, a segunda onda da Covid-19 bateu na porta de Alagoas, e entrou, antes mesmo que a primeira onda tivesse findado. Em meio a toda essa situação, um sinal de esperança chegou em Alagoas em forma de vacina. Em 19 de janeiro de 2021, a assistente social Marta Antônia de Lima, de 50 anos, se tornou a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 em solo alagoano. Ela trabalha no Hospital da Mulher, na linha de frente no combate à pandemia. Mesmo já sabendo de todos os danos causados pela pandemia, muitos alagoanos insistiram em desrespeitar as regras de proteção e voltaram a se aglomerar, desta vez, durante o carnaval. Não demorou e os números relativos à pandemia voltaram a crescer. Em 18 de fevereiro, a Sesau confirmou a detecção em Alagoas da nova variante brasileira do novo coronavírus, surgida no Amazonas e denominada de P1. A nova variante foi identificada em duas alagoanas das cidades de Viçosa e de Anadia. E, após oito meses de reabertura, o governo de Alagoas anunciou na quinta-feira (4) que o estado voltava à fase amarela, com restrição na capacidade de funcionamento dos estabelecimentos. Além disso, cidades do interior já decretaram toque de recolher.

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