No primeiro fim de semana após a regressão de fases do Plano de Distanciamento Social Controlado, apenas 39,31% da população alagoana aderiu ao isolamento no sábado (13). Com isso, Alagoas ocupou a 16ª colocação entre os estados brasileiros e um dos piores do Nordeste. O primeiro nesse ranking foi o Acre, com 56,71% em casa. Alagoas foi um dos estados nordestinos com o pior índice no item isolamento social no último fim de semana, à frente apenas do Rio Grande do Norte, com 38,4% de adesão. Ceará, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Bahia, Sergipe e Maranhão chegaram - respectivamente -a 46,02%; 43,11%; 42,93%; 42,68%; 41,49%; 39,93% e 39, 32%. A principal mudança com a regressão de fases em Alagoas, anunciada no dia 7 de março, foi o retorno à Fase Vermelha, dentro do Plano de Distanciamento Social Controlado, do Agreste e do Sertão e, no restante do estado incluindo Maceió, a volta à Fase Laranja. Os dados da empresa de tecnologia Inloco, a partir do monitoramento de GPS de celulares, apontam que o Espírito Santo atingiu a taxa de isolamento social de 35,39%, o pior resultado no Brasil, no fim de semana.

DENÚNCIAS

Nos primeiros dias depois de o governo estadual endurecer as medidas restritivas de isolamento social, a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) recebeu 400 denúncias referentes ao descumprimento das regras estabelecidas. No entanto, apenas duas infrações foram de fato registradas.

Estabelecimentos de todas as partes da capital foram vistoriados por equipes da Secretaria e da Vigilância Sanitária desde a última quinta-feira (11). Dentre as ações, as equipes realizaram abordagens de cunho educativo em supermercados, restaurantes, lanchonetes, lojas, feiras de artesanato, padarias, entre outros.

Neste período, apenas duas irregularidades foram de fato detectadas. Um circo irregular no bairro do Rio Novo foi interditado e apenas uma apreensão de material foi necessária, na Feirinha de Artesanato da Pajuçara. No Domingo (14), a ronda centralizou suas ações de fiscalização na orla marítima, nas praias da Pajuçara à Jacarecica.

“O setor produtivo tem se mostrado muito colaborativo e compreensivo com as restrições. Seguimos com ações por toda a cidade para garantir o cumprimento do Decreto Estadual, mas, cada vez mais, percebemos muita responsabilidade nos estabelecimentos. Estamos todos empenhados em garantir a segurança de todos os maceioenses e evitar o aumento do contágio pelo coronavírus”, conclui o secretário da Semscs, Thiago Prado.

FISCALIZAÇÃO

Ações de fiscalização permanentes estão sendo realizadas nos Mercados da Produção, do Jacintinho, do Tabuleiro e do Benedito Bentes, bem como capacitações para os vendedores de pescados nos mercados e balanças da capital, um público de cerca de 300 pessoas. A equipe também está constantemente atenta a bares, restaurantes, igrejas, supermercados e academias da capital. No período de De 4 a 10 de março, 187 estabelecimentos foram fiscalizados. Desses, quatro foram interditados – dois parques infantis e dois circos –, três notificados para suspensão de atividades de ambulantes da faixa de areia, 14 estabelecimentos forçados a fechar após o horário permitido e 12 notificações da Semscs e Vigilância Sanitária.