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Nº 5897
Cidades

PANDEMIA: MESMO EM ALTA VENDA POR DELIVERY OSCILA

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Por william makaisy | Edição do dia 03/04/2021 - Matéria atualizada em 03/04/2021 às 04h00


Apesar de a pandemia da Covid-19 não ter sido positiva para diversos setores da economia alagoana, a entrega em domicílio de comidas, bebidas e mercado registrou forte crescimento durante os últimos meses, devido às restrições de circulação e aos fechamentos de restaurantes pela pandemia de Covid-19. Mesmo com a pandemia, os deliveries vieram para ficar e já fazem parte da rotina dos estabelecimentos alagoanos.

Segundo Thiago Falcão, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o crescimento de venda por delivery é notável e deve perdurar mesmo depois da pandemia.

“Não tem como negar que houve esse crescimento, ele foi enorme e superou até mesmo as expectativas que tínhamos. Atualmente, claro, houve diminuição em comparação ao começo da pandemia, mas ainda é um número alto se comparado ao período antes disso”, disse o presidente.

Muitos restaurantes que se mantiveram por conta do delivery, que ao mesmo tempo que é produtivo também acarreta em mais gastos com insumos, tipo embalagens, por exemplo. "E, por outro lado, tivemos aqueles estabelecimentos que nasceram por causa do delivery, e hoje usam isso como forma de cortar outros custos, visando se adaptar a um modelo mais enxuto”, pontuou.

Na foco de empresas que nasceram com o esquema de delivery, entra o caso de Charles Northrup. O empresário precisou adaptar seus serviços com o fechamento de seu bar, abrindo um serviço especializado na venda de empadas. “Por conta da pandemia meu bar foi fechado, aí na cozinha do bar mesmo eu já comecei outro serviço, que seria a venda de empanadas. No começo foi só delivery, que era a única coisa liberada.

Atualmente, expandimos para lojas físicas também.” O empresário contou que o serviço de entrega foi o que salvou suas vendas, sendo um dos carros chefes do seu negócio. Ele explicou também que, com a liberação do decreto, que autorizou que os estabelecimentos recebessem clientes, as vendas deram uma oscilada, mas ponderou que continuam altas e sendo motivo de comemoração. “O delivery funciona por várias plataformas, como iFood, Ubereats ou Rappi. É só entrar no @LaEmpanada e dar uma olhada.”

ENTREGADORES

Para aqueles que vivem da entrega de produtos, como Paulo Freire, a demanda oscilou com a abertura dos estabelecimentos, mas ainda continua grande. “No começo a procura foi enorme, era muito trabalho mesmo, o que era bom para a gente, claro. O pessoal estava com medo de sair então optava por comprar pelos deliveries. Hoje, já oscilou mais e deu uma diminuída, mas continua alto”, disse o entregador.

Normalmente no começo de ano a procura não é tanta, conforme o entregador. "Mesmo, costuma haver uma diminuição. Eu considero esse tipo de ramo muito instável, tem momentos que a procura bomba e tem outros que está pouca”, explicou Freire, que contou ainda que, apesar das oscilações, consegue tirar o suficiente das entregas para conseguir se manter e pagar suas contas em dia.

Já André Luiz, que também é entregador, mas que trabalha exclusivamente para um restaurante na parte alta da capital, no bairro da Gruta de Lourdes, relata que não sente mais a mesma procura que quando a pandemia estourou e diz que a demanda deu uma diminuída, sendo alta somente em momentos específicos, como fins de semana. “Com o retorno dos restaurantes a tendência é que diminua o delivery, até porque o pessoal ficou muito tempo em casa.”

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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