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Nº 5882
Cidades

32% dos partos em Alagoas s�o de adolescentes

FÁTIMA ALMEIDA Aos 12 anos, Elenice Dantas e o namorado, 14, decidiram morar juntos. Não foi fácil convencer a família por causa da pouca idade, mas a certeza do amor que sentiam um pelo outro dava força à decisão e parecia mais amadurecida do que

Por | Edição do dia 07/03/2004 - Matéria atualizada em 07/03/2004 às 00h00

FÁTIMA ALMEIDA Aos 12 anos, Elenice Dantas e o namorado, 14, decidiram morar juntos. Não foi fácil convencer a família por causa da pouca idade, mas a certeza do amor que sentiam um pelo outro dava força à decisão e parecia mais amadurecida do que a própria idade. Não restou outra alternativa à mãe de Elenice, a não ser aceitar e orientar sobre como evitar filhos, ensinamentos que ela seguiu por quase dois anos, até que decidiu, por vontade sua e do marido, engrossar as estatísticas de adolescentes grávidas do Brasil. Hoje, aos 14 anos, é a mãe de Maria Aparecida, prematura de sete meses, nascida em fevereiro último, com 1,25kg. O bebê de Elenice divide espaço na superlotada UTI Neonatal do Hospital Universitário (HU), com o bebê de Edvânia Vieira, 15, o de Lígia Gregório, 16, e de muitas outras mães, adolescentes ou não, consideradas pacientes de risco por situações diversas ocorridas durante a gestação ou durante o parto. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2002 das 37.262 crianças nascidas vivas em Alagoas, 32% - a média anual dos últimos dois anos - eram filhos de mães adolescentes. Um dado lamentável é que a grande maioria dessas meninas não faz o pré-natal ou quando comparecem a um serviço médico, normalmente não completam o número de consultas consideradas suficientes para garantir uma gravidez e parto saudáveis. Elas desconhecem a importância dos exames e desistem na primeira dificuldade que enfrentam para conseguir a consulta na rede pública de saúde.

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