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Nº 5897
Cidades Medicamentos: Projeto de Lei prevê ainda que os reajustes já feitos este ano sejam revertidos

FARMACÊUTICOS APROVAM SUSPENSÃO DE REAJUSTE

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Por Maíra Sobral | Edição do dia 18/05/2021 - Matéria atualizada em 18/05/2021 às 04h00

Na última quinta-feira (13), foi aprovado no Senado o Projeto de Lei 939/2021, que prevê a suspensão do aumento de preço dos medicamentos em 2021, em razão da pandemia do novo coronavírus. O PL prevê ainda que os reajustes já feitos este ano sejam revertidos. Para o Conselho Regional de Farmácia, a medida é vista de forma positiva e pode minimizar os danos à saúde da população durante o atual período. O farmacêutico Misael Araújo destacou que a suspensão dos reajustes de preços é fundamental, pois mesmo que as farmácias optem por não aumentar o valor de mercado das medicações, essa alta poderia vir por parte dos laboratórios, inviabilizando a manutenção do preço e afetando diretamente o consumidor final. “Acontece que esse ano já houve um aumento e essa suspensão é muito importante para que os laboratórios não hajam de má fé, subindo absurdamente os valores dos medicamentos só porque a saúde está em um momento crítico”, defendeu o farmacêutico. Segundo o secretário geral do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Daniel Fortes, além de um cuidado com a saúde da população, a medida pode ser importante para que a economia se restabeleça de modo menos penoso para a parcela da população que sofre com a queda dos rendimentos. “Com o avanço da vacinação no país, há uma chance de recuperação econômica, mas que deve acontecer lentamente e ainda vai castigar a sociedade. Impedir o aumento nos preços facilita o acesso a esses insumos essenciais. Esta é uma forma de garantir o direito ao acesso aos medicamentos pela população para todos que estão sofrendo com a diminuição de renda”, enfatizou o secretário.

Por outro lado, ainda segundo Daniel, não há perspectiva de que essa suspensão afete de maneira negativa o setor farmacêutico em geral. “As indústrias farmacêuticas e as farmácias tiveram um crescimento bem expressivo no ano passado por conta da grande procura por medicamentos. O cenário atual sugere que essa procura deve continuar, então o setor não terá prejuízo. Pode impactar o crescimento que temos acompanhado nos últimos anos, mas esse é o momento de todos os envolvidos se solidarizarem e unirem-se em favor da população. Com a economia nos medicamentos, a população poderá investir em outros cuidados de saúde, inclusive nos serviços farmacêuticos ofertados pelos estabelecimentos ou em consultórios próprios”, explicou.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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